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Acusação de cabo PM contra Gaeco será encaminhada ao STJ
O promotor de justiça Allan Sidney do Ó Souza afirmou que vai encaminhar o reinterrogatório do cabo da Polícia Militar Gerson Correa, realizado na tarde desta segunda-feira (27), à Corregedoria do Ministério Público do Estado e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A Corregedoria é o setor do MPE que investiga conduta de seus membros. Isso porque, conforme o cabo afirmou no depoimento, os promotores Marco Aurélio de Castro (ex-chefe) e Samuel Frungilo, do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), teriam feito uso de barriga de aluguel para investigar possíveis ilicitudes.
Barriga de aluguel é um procedimento pelo qual pessoas que não são suspeitas de crime têm seus números de telefone incluídos em pedidos de quebra de sigilo no curso de investigações.
A afirmação contra os promotores foi feita durante reinterrogatório na 11ª Vara Militar do Fórum de Cuiabá. Correa é réu da ação penal que apura um esquema de grampos ilegais operado em Mato Grosso.
Para Allan do Ó, as acusações que pesam contra os promotores podem ensejar falta administrativa e por isso devem ser encaminhadas e analisadas pelo Ministério Público.
“Eu pedi para encaminhar uma cópia à Corregedoria do Ministério Público. Um eventual crime, perpetrado ou não por membros do Ministério Público, é com o STJ [Supremo Tribunal de Justiça], que deve ao final fatiar e devolver. Ou mesmo, lá, tomar as devidas providências”, disse o promotor de justiça, referindo-se ao fato de já haver uma investigação sobre o caso no STJ, razão pela qual enviará o teor do depoimento para lá.
De acordo com o promotor, o envio do depoimento ao STJ se faz necessário porque lá já existe uma investigação sobre o caso em razão do surgimento do nome do governador Pedro Taques, que tem foro especial por prerrogativa de função.
“A decisão do ministro Mauro Campbell avoca toda e qualquer investigação no que concerne a esse período da grampolândia. Então, penso eu – mas é um pitaco – que essas informações, ao chegar no âmbito do STJ, deve haver um fatiamento”, afirma. Saiba mais.
Texto: Cíntia Borges/ Mídia News