Advogada suspeita de tentar agredir mulher do ex passa a ser monitorada por tornozeleira eletrônica
Uma advogada e professora universitária suspeita de tentar agredir a mulher do ex-marido, em Sorriso, passou a ser monitorada por tornozeleira eletrônica. Além disso, ela está submetida a outras medidas cautelares, conforme decisão do juiz de Direito Anderson Candiotto.
A mulher, de 39 anos, teria invadido a casa do ex-marido, que atua como advogado em Sorriso, quebrado os objetos da imóvel e ameaçado uma mulher na última terça-feira (18).
A atual companheira do advogado, de 25 anos, disse à polícia que estava em casa, situada no Condomínio Cidade Jardim, onde os supostos episódios de ameaça e tentativa de agressão ocorreram.
Conforme a decisão do magistrado, a advogada está proibida de manter contato a vítima e seu núcleo familiar, bem como de frequentar a casa, local de trabalho e faculdade para que seja preservada a integridade pessoal da vítima.
A vítima passa a usar um dispositivo de segurança para evitar que a advogada se aproxime dela. Chamado botão do pânico, o aparelho evita que a mulher possa eventualmente se aproximar dela novamente.
“Não se pode deixar de ter em mente que a liberdade da requerida causa grande temor à vítima, seu companheiro e familiares, uma vez que ela invadiu a residência da vítima e munida de uma barra de ferro desferiu vários golpes contra a porta do quarto da vítima, visando derruba-la para agredir”, conta em trecho da decisão.
Conforme o Portal Sorriso noticiou, consta em um boletim de ocorrência que a advogada teria ido à casa do ex e revirou todos os cômodos à procura do filho. Sem encontrar a criança, a mulher teria ido embora, mas retornou por volta das 8h40min, transtornada, segundo a vítima.
Ela disse que a mulher entrou no condomínio e, sem permissão, invadiu a casa e gritou que iria matar a vítima, que convive com o advogado há cerca de 1 mês.
Nas redes sociais
Nesta sexta-feira (21), a advogada usou sua página no facebook para dar a sua versão sobre o episódio. Confira abaixo, a nota na íntegra.
“Para evitar que mais pessoas e canais de notícias venham a ser responsabilizados cível e criminalmente, por divulgarem notícias falsas, esclareço que:
Sou advogada, professora universitária, e tenho um filho de dois anos com um também advogado.
Há pelo menos noventa dias, ficou decidido que eu e meu filho (que sempre residiu comigo), deixaríamos de morar em Sorriso, para tanto, informei que minha disponibilidade para lecionar em Sorriso seria apenas de uma vez por semana, motivo pelo qual inviabilizou minha permanência na IES, meu desligamento foi realizado no dia 14/12/2018. Assim, nossa mudança de cidade (cerca 230km de Sorriso) se daria conforme programação, no dia 18/12/2018.
O assunto foi tratado diversas vezes com o pai do meu filho, inclusive, data e horário. Eu o entreguei ao pai, na noite de segunda-feira (17/12/2018), foi firmado o compromisso expresso que ele seria devolvido na manhã do dia seguinte (18/12/2018). Todavia, houve descumprimento de acordo verbal e escrito, e de forma clandestina, ele (filho) foi retirado da cidade horas antes da nossa partida, apenas com a roupinha do corpo.
Registrei na delegacia de Polícia Civil de Sorriso, boletim de ocorrência relatando subtração de incapaz e ameaça diante dos fatos que ocorreram na manhã do dia 18.
Por outro lado, a mulher que declarou que vive com o pai do meu filho há um mês, registrou ocorrência de ameaça e dano.
Diante disso, espontaneamente, compareci a delegacia para prestar esclarecimentos. Até então, sequer havia abertura de inquérito policial.
Não existe ação penal sobre o caso, muito menos decisão julgando os crimes alegados. Portanto, os terceiros que os afirmam, assumem responsabilidade pessoal de maneira, no mínimo leviana e arriscada.
Não há em lugar algum nos autos do Inquérito Policial, ou de medidas cautelares, qualquer menção, ou afirmação (nem mesmo da pessoa que registrou B.O.) que eu ameacei alguém com uma faca, que houve qualquer agressão física, ou que eu portava uma arma.
Portanto, notícias relatando a existência de fatos dessa natureza não são verdadeiras.
Agradeço as dezenas de mensagens de solidariedade e afeto que venho recebendo. Continuarei priorizando a não exposição de outros assuntos que envolvem a pessoa mais importante e amada da minha vida, meu filho.
Assim sendo, deixo de citar, exemplificar e divulgar outras informações, inclusive nomes dos envolvidos. O caso já é tratado por equipes de advogados de ambos os lados”.
Saiba mais:
Sorriso: professora universitária invade casa de ex-marido, ameaça mulher de morte e quebra objetos
Texto: Luana Rodrigues/Portal Sorriso