Água é furtada de reservatório de igreja em cidade sem abastecimento

Um grupo de moradores do município de Tangará da Serra, furtou parte da água que estava armazenada em um reservatório na Igreja Santa Madre Paulina, em Tangará da Serra, na quinta-feira (13), segundo o coordenador do Bairro Jardim dos Ipês, Eliseu Alves de Souza. A cidade tem sofrido com a falta d’água desde agosto. Os responsáveis pelo furto não foram identificados e grande parte da água acabou vazando na rua.

O caso aconteceu no Bairro Jardim dos Ipês e só foi percebido na manhã seguinte. Ele contou que, de acordo com relato de alguns moradores, um grupo esteve no local e queria pegar a água.

De acordo com o coordenador, alguns desistiram e cerca de três pessoas conseguiram levar o líquido. A maior parte do conteúdo do reservatório acabou sendo despejado na rua. O caso foi levado para a polícia.

“A pressão da água de lá é muito forte, então o pessoal não conseguiu captar muita coisa. Por isso, parte dos mais de 5 mil litros acabaram sendo desperdiçados. Com o cano quebrado, o reservatório ficou jorrando água a madrugada toda”, disse. Após o furto, uma cerca deve ser montada ao redor do reservatório.

A dona de casa Elizabeth Conceição dos Santos, que mora na cidade, disse que ficou indignada com o crime.“Precisamos, na verdade, cobrar os responsáveis pela situação [da falta d’água]. Não é invadindo e quebrando as coisas que nós vamos melhorar nossas condições”, desabafou.

Escassez
O problema da falta de água em Tangará da Serra começou em agosto e já afetou o comércio e as escolas, já que as aulas em algumas unidades chegaram a ser suspensas. Moradores do Distrito Triângulo ainda reclamam que mesmo sem água, os relógios medidores continuam funcionando e as contas continuam chegando.

De acordo com Wesley Lopes Torres, diretor do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), a falta d’água está acontecendo porque o nível do Rio Queima-Pé, que abastece a cidade, está baixo por causa da falta de chuvas na região.

O diretor disse ainda que não é possível prever até quando o problema vai afetar o município, pois a melhora da situação depende disso. Apesar disso, ele informou que o abastecimento de água está sendo feito de forma limitada e a orientação é que a população economize ao máximo.

“Nós estamos tratando em torno de 110 litros por segundo. É um terço do que deveríamos estar tratando, mas é o que estamos conseguindo captar do rio hoje”, afirmou.

 

Texto: Redação com G1