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Alta de 44% no preço do gás modifica hábitos dos consumidores
Com um aumento de mais de 40% neste ano, o botijão de gás vai se transformando no vilão das finanças domésticas. Conforme dados do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), o preço do gás de cozinha teve uma alta de 44% em 2017 nas refinarias.
Para o consumidor, no entanto, o aumento nos preços pode ser ainda maior. Com o produto cada vez mais caro, a saída é economizar o máximo possível. O pintor Reinaldo Barbosa conta que ele e a esposa, que trabalha como diarista, passaram a cozinhar apenas uma vez por dia.
“Levamos marmita e esquentamos no trabalho, então já conseguimos economizar um pouco do gás com isso”, diz ele. Entre as principais despesas da casa, incluindo luz e água, Barbosa afirma que o gás é o que mais pesa no orçamento da família.
“Estamos enfrentando um reajuste praticamente todo dia 5 do mês. Este é o valor antigo. Em breve, teremos que repassar novo reajuste ao consumidor”, reforçou o funcionário de uma companhia de gás.
O motorista Ricardo Ferreira, que mora na zona norte, critica o aumento no preço do GLP residencial. “Eu compro um botijão a cada 45 dias. E houve um aumento de mais de 50%, caso eu leve em conta os valores que eu paguei no ano”, alertou o consumidor.
Texto: Estadão Conteúdo