Aluna de 9 anos cai em buraco de esgoto

A estudante Nicole, de 9 anos, aluna da Escola Estadual Santos Dumont, antiga Polivalente, no bairro Dom Aquino, em Cuiabá, caiu em um buraco de cerca de 1 metro e 80 centímetros, durante horário recreativo, e por pouco não afogou no esgoto.

Nicole ficou com o corpo todo submerso no esgoto até a altura do pescoço por alguns minutos.

Não afogou porque segurou, por impulso, em um ramo de capim”, conta a mãe dela, Joanice Amorin Silva, 35, que está indignada com a situação e pede providências para que isso não ocorra com outras crianças.

Ela vê negligência.

O buraco fica em uma área próximo à escola, que não é murada, para onde as crianças da turma de Nicole foram levadas na última sexta-feira (9) no horário da aula de Educação Física, por volta de 10 horas da manhã.

“Como estão sem professor de educação física, ficaram brincando nesse lugar que chamam de quadra, mas não passa de um terreno baldio, cheio de capim e só”, reclama Joanice.

Narra a mãe que durante a recreação a filha dela caiu no buraco e “a coleguinha” foi correndo chamar o professor mas até ele chegar a menina tinha dado um jeito de sair por conta própria.

Em casa, a mãe recebeu a filha, segundo ela, das mãos da “senhora que faz serviços gerais na escola”, orientando a dar um banho “melhor” nela e entregando em uma sacola a roupa e os sapatos sujos.

“Fiquei olhando aquela situação sem acreditar: minha filha com um mal cheiro horrível, a roupa podre, tanto é que joguei tudo fora, perdeu tudo, não tinha como lavar”, comenta a mãe.

Ainda de acordo com a mãe, na hora de tirarem a roupa da menina, ao invés de cortá-la, passaram pela cabeça encostando esgoto na boca e nos olhos.

“Resolvi levá-la nesta terça ao médico, já até marquei, porque, além disso, ela pode estar com alguma feridinha, não sei que tipo de doença isso pode provocar”, preocupa-se.

Além da preocupação física, há ainda preocupação com o emocional.

“Nicole está triste, chorando toda hora, não dorme direito, quer ficar abraçando, fica me perguntando se tivesse caído de cabeça se tinha morrido e contanto que na hora que caiu no buraco e ficou esperando socorro pensou em todo mundo que ela ama, achou que ia morrer”, detalha a mãe.

No dia da ocorrência, a menina não quis se alimentar, de nojo.

Após analisar toda a situação, a mãe avaliou que o caso era grave demais. “Procurei a direção da escola e disseram nem ter conhecimento do buraco. Mostrei o local e o coordenador colocou um cano, da altura dele, e também ficou chocado com a profundidade”, diz a mãe.

Além do buraco, Joanice fez um vídeo paa mostrar também a situação precária da escola.

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) foi informada sobre a ocorrência, se dispôs a verificar o ocorrido, mas não deu retorno até o fechamento desta matéria.

Texto: Gazeta Digital