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Após expôr crise interna, presidente do PSDB deixa cargo na gestão Taques
O presidente do PSDB de Mato Grosso, ex-vereador Paulo Borges Junior (PSDB), anunciou que vai entregar o cargo de presidente da Empresa Matogrossense de Tecnologia da Informação (MTI). Ele deve comunicar a decisão na próxima terça-feira quando se reúne com o governador Pedro Taques (PSDB).
A decisão de Paulo ocorre um dia após emitir uma carta, na condição de dirigente partidário, criticando o governador Pedro Taques. No comunicado, disse que a legenda não reivindica cargos na atual gestão e defendeu o direito da crítica de membros do partido ao governo.
Apesar da crítica expressa, que expõe um “racha” entre o governador e o partido, o ex-vereador nega que a saída do cargo tenha relação com a carta. “Na semana passada reforcei que estava deixando a equipe”, disse Paulo Borges ao site RDNews.
O ex-vereador colocou que sua saída do governo é em função de ter assumido o comando do partido. Ele explicou que vai percorrer o Estado, acompanhando lideranças do partido que tem pretensões de disputar os cargos de deputado estadual e federal.
A CARTA
Ontem, o PSDB emitiu uma carta rebatendo recentes declarações do governador Pedro Taques na imprensa. Paulo Borges Junior garantiu que os tucanos negam qualquer tipo de pressão sobre o gestor. “A sigla jamais estabeleceu qualquer tipo de imposição ao governador visando garantir mais cargos na administração pública. Qualquer informação diferente disso não condiz com a verdade”.
O partido considera normal a divergência de opiniões em relação as ações tomadas pelo Governo, pois se trata de um princípio básico da democracia. “Como citado pelo governador, faz parte do direito adquirido da livre manifestação de ideias e também da capacidade de convivência social de seus entes, diversidade que prezamos e que acreditamos enriquecer nossa sigla”, coloca.
A crise entre Taques e a direção do PSDB surgiu em novembro. O governador não concorda com a possibilidade do deputado federal Nilson Leitao (PSDB), ex-presidente do partido, ser candidato ao Senado nas próximas eleições. Para Taques, o projeto do correligionário pode atrapalhar as alianças para as próximas eleições, já que o partido ficaria com 2 dos quatro cargos majoritários em disputa.
Texto: Folha Max