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Após ver prisão, mulher faz teste e é 5º vítima com HIV
Mulher de 27 anos procurou a Polícia Civil para denunciar ser mais uma vítima de Haroldo Duarte da Silveira, 32, preso na quinta-feira (29) acusado de transmitir o vírus do HIV, de forma proposital, para mulheres com quem se relacionou ao longo dos últimos anos.
A informação foi confirmada ao GD pela delegada Nubya Beatriz Gomes dos Reis, da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Mulher de Cuiabá. Consta que a vítima conhece o suspeito há 6 anos, e que mantinham um relacionamento casual e que nos últimos meses teria ficado mais sério.
Ela ficou em estado de choque quando viu a notícias de sua prisão, procurou uma unidade de saúde e fez um teste rápido, que deu reagente ao vírus do HIV. Diante dos fatos, ela procurou a polícia para registrar, agora oficialmente, a quinta ocorrência contra Haroldo, que já foi indicado por 4 tentativas de feminicídio.
“No meu entendimento ele agiu como dolo, pois assumiu o risco de transmitir a doença para outras mulheres. Mas, a tipificação pode ser outra, conforme entendimento da Justiça”.
O suspeito foi ouvido pela delegada, afirmou que não fazia o tratamento e que não tinha a intensão de transmitir o vírus para as mulheres com quem se relacionou.
“Fora as mulheres que procuraram a polícia, ele não citou mais nenhum. No entanto, a investigação continua”.
Haroldo mora em Cuiabá e atuava como caminhoneiro. Polícia acredita que possa ter mais vítimas.
“Me chamaram de louca”
O GD divulgou uma entrevista com uma vítima de Haroldo, que segundo ela, está infectado há mais de 10 anos e nunca se comprometeu em fazer o tratamento.
P.S. e Haroldo se relacionaram em 2017 e ela só descobriu no ano passado que era portadora da doença durante uma consulta no ginecologista.
Até então, teve sintomas como perda de cabelo, diarreia, vômito e dores no corpo.
“Fui contar para ele, e ele me falou uma frase que eu nunca esqueci: ‘é por isso que Bin Laden explode gente’. Ele tentou jogar como se eu tivesse passado para ele, tentou inverter a situação, eu não sabia que ele tinha há tanto tempo”.
Com o tratamento em dia, P. está indetectável para o vírus. Por contra própria, após o final do relacionamento abusivo, conseguiu investigar e descobrir novas vítimas do homem.
“Muita gente me chamou de louca. Falaram que eu não ia dar conta. Então eu fui investigar primeiro, para chegar na delegacia com todas as informações possíveis”.
Texto: Yuri Ramires/Gazeta Digital (GD)