Avião que saiu de Guarantã faz pouso forçado; piloto diz que matou homem em voo

Um piloto disse à Polícia Civil do Pará ter pousado um avião de pequeno porte em um rio depois de testemunhar um assassinato a bordo — e de ter ele próprio matado o assassino. A polícia apura se a história é verdadeira.

A aeronave, de prefixo PT-IIU, saiu de Guarantã, no Mato Grosso, com destino ao Apuí, no Amazonas. Em nota, a Polícia Civil disse que informações preliminares da Polícia Militar apontam que o avião buscaria drogas. O homem, identificado como Sergio Vanderlei Becker, foi preso, acusado de porte ilegal de armas e de munição. Ele não foi acusado de homicídio porque os corpos ainda não foram encontrados.

O pouso se deu no rio Jamanxim, em Itaituba, no sudoeste do Pará, por volta das 17h de quinta-feira (28).

Em depoimento na delegacia de Itaituba, o piloto afirmou que estava com dois passageiros a bordo — e estes começaram a discutir, de acordo com o escrivão Paulo Farias. Um dos passageiros, então, matou o outro a tiros, ainda segundo o depoimento do piloto.

Na sequência, relatou o piloto à polícia, o atirador tentou jogar o corpo da vítima pela porta do avião em voo. O piloto reagiu, conseguiu desarmar o assassino e atirou no criminoso, que morreu.

O piloto disse à polícia, de acordo com o escrivão, que matou o homem por medo de ser morto. Em seguida, pousou no distrito de Crepurizão, em uma área de garimpo.

O prefixo do avião não estava aparente, razão pela qual não foi possível, até a publicação desta reportagem, checar a situação da aeronave na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A aeronave tinha vestígios de sangue e pedaços do que a polícia suspeita ser massa encefálica; o material foi enviado ao Instituto Médico Legal (IML) para testes de DNA. Também havia munição a bordo, mas não foi encontrada nenhuma arma até o momento. Saiba mais.

Texto: G1 PA, Belém