Bibliotecas de escolas estaduais estão sem receber livros novos desde 2014

Funcionários de uma escola estadual em Várzea Grande, região metropolitana da capital, fizeram uma reunião nesta semana com os pais dos alunos para incentivar a compra de livros para a biblioteca da unidade. As bibliotecas das escolas estão sem receber novos livros desde 2014. A previsão para o recebimento de uma nova remessa é para 2019.

A Escola Estadual Fernando Leite Campos, que atende 1,3 mil estudantes do ensino fundamental e médio. Grande parte do acervo atual de livros foi doada por pais e alunos.

A última remessa de livros literários feita para as bibliotecas das escolas estaduais do estado foram em 2014, segundo o Ministério Público da Educação. A previsão para o envio de novos livros é 2019.

A professora do colégio, Zara Estela Dias, conta que no momento em que soube da notícia se assustou, pois há vários anos não chegam novos livros para a biblioteca.

“Foi um choque. A literatura forma pessoas e com isso as pessoas fazem uma releitura da realidade”, afirmou.

Segundo o secretário-adjunto de Política Educacional da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Edinaldo Gomes, a falta de livros prejudica o desenvolvimento intelectual dos alunos. Ele aconselha que os livros enviados em 2014 sejam utilizados até 2019.

“As escolas devem utilizar esses livros que chegaram em 2014 e esperamos com maior brevidade a chegada de novos livros”, disse.

Para amenizar o impacto no desenvolvimento intelectual dos alunos, a diretora do colégio, Vânia Regina de Almeida, se reuniu com os pais dos alunos e aconselhou que novos livros fossem comprados para os filhos.

“Fizemos uma parceria com os pais, em que eles deveriam comprar pelo menos um livros para os seus filhos”, contou.

Além da pouca quantidade de livros, a biblioteca está sempre fechada devido a falta de funcionários.

A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) informou por meio de nota que a orientação encaminhada para as escolas é que as bibliotecas fiquem abertas durante todo o horário de funcionamento do colégio.

A Seduc explica que a recomendação é que os funcionários cumpram a carga de 30 horas, alternando os turnos.

Texto: G1-MT