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“Braço-direito” teria intimidado ex-Seduc pelo WhatsApp; veja
Mensagens enviadas pelo aplicativo WhatsApp e atribuídas ao ex-servidor da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Fábio Frigeri, mostram uma suposta “intimidação” dele contra o ex-secretário da Pasta, Permínio Pinto.
Ambos são alvos da Operação Rêmora, que investiga esquema de desvio e propina na Seduc, e chegaram a ser presos em diferentes fases da operação. Eles foram soltos mediante a imposição de medidas cautelares, entre elas a proibição de se comunicarem entre si.
Por conta das mensagens que Frigeri teria enviado ao celular da esposa de Permínio, Rubia Moraes (veja os prints das conversas ao final da matéria), o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) pediu que o ex-servidor voltasse à cadeia.
O pedido foi negado pelo juiz Marcos Faleiros, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, no final de maio, mas o Gaeco recorreu da decisão junto ao desembargador Luiz Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça, que ainda não analisou o caso.
Na ação penal, Frigeri foi apontado como o braço-direito de Permínio – que é réu confesso – no esquema e seria responsável por repassar as informações privilegiadas das obras que iriam ocorrer, para garantir que as fraudes nos processos licitatórios fossem exitosas, além de cobrar propina dos empresários.
Rondando Permínio
A suposta intimidação foi revelada pelos advogados Valber Melo e Artur Osti, que fazem a defesa de Permínio.
Segundo eles, no dia 25 de janeiro deste ano, Fábio Frigeri enviou uma mensagem, via WhatsApp, ao celular da esposa de Permínio, Rúbia Moraes, com a seguinte afirmação: “Bom dia. Tudo bem? Avisa seu marido que vou procura-lo, ele sabe exatamente porque!”.
Após receber a mensagem, Rubia relatou o fato ao advogado Artur Osti, que a aconselhou a bloquear o contato de Frigeri, “impossibilitando, portanto, qualquer forma de contato por parte do mesmo por aquela via”.
A esposa de Permínio também informou aos advogados que Fábio Frigeri e a esposa Sueli Frigeri foram até o local de trabalho da sua mãe, perguntando por ela e pelo ex-secretário. Rúbia ainda relatou que neste ano ela e Permínio viram o ex-servidor circulando a pé nas redondezas da casa do pai do ex-secretário, onde ela e o marido estavam morando provisoriamente.
Diante dos fatos, a defesa de Permínio enviou uma mensagem a Frigeri, o alertando que as cautelares impostas pela Justiça o impedem de tentar contato com o ex-secretário, assim como com os demais réus e testemunhas do processo. Saiba mais aqui (fonte).
Texto: Lucas Rodrigues/Mídia News