Turismo em Portugal: A Recuperação da Economia Após a Pandemia
“Brasil está maduro e soltura de Lula não irá tumultuar o País”
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, minimizou os riscos de que a soltura do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) possa causar algum tipo de “convulsão” no País.
A soltura do petista ocorreu na tarde desta sexta-feira (8), um dia após o STF ter decidido, por 6 votos a 5, que um condenado só pode ser preso após o trânsito em julgado dos processos, ou seja, quando não há mais possibilidade de recurso. A medida alterou a jurisprudência que, desde 2016, tem permitido a prisão logo após a condenação em segunda instância.
“Tenho a impressão que, embora a gente não acredite, o Brasil é uma democracia que mostra bastante maturidade. Se falava que haveria muito tumulto lá atrás com a prisão de Lula e isso não ocorreu”, disse Mendes.
“Agora também se falava que haveria tumultos em torno da própria decisão do STF. E, salvo um ou outro manifestante, as coisas aconteceram na normalidade. [A soltura] é novidade hoje, amanhã ele estará em casa e a vida segue normalmente. A política é feita de diálogo e eu vejo isso com absoluta normalidade”, acrescentou o ministro.
As declarações do ministro foram dadas durante visita ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), que será inaugurado no próximo dia 18.
Gilmar Mendes estava acompanhado do prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB), e de seu filho, o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto, o Emanuelzinho (PTB).
Em conversa com a imprensa, o ministro também condenou o radicalismo político entre a esquerda e a direita no País.
Segundo ele, não há outro caminho à democracia representativa que não seja por meio da política e seus representantes.
“Acho que é importante restabelecer esse diálogo. A adversariedade é normal do processo, mas a inimizade não. Ninguém tem que querer matar seu adversário ou eliminá-lo politicamente, tampouco usar a Justiça para isso”, ponderou.
“São adversários, apenas. E em processo sucessório, é isso mesmo. É um passo importante essa decisão”, reforçou o ministro.
Texto: Mídia News