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Câmara cria 2ª CPI para investigar ‘caixa preta’ dos hospitais filantrópicos
Uma semana depois de o vereador Abílio Brunini (PSC), conseguir 9 assinaturas e instaurar na Câmara Municipal de Cuiabá uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, para apurar o suposto desaparecimento de medicamentos e a interferência política na gestão da rede municipal, o vereador Renivaldo Nascimento (PSDB) tomou a mesma atitude e abriu outra CPI também relacionada à saúde, nesta quinta-feira (21).
O objeto de investigação, desta vez, são os repasses de recursos da Prefeitura para os 4 hospitais filantrópicos da Capital (Santa Helena, Hospital do Câncer, Hospital Geral e Santa Casa de Misericórdia) e se eles são obrigatórios ou não.
“Vamos investigar contratações numa CPI, vamos investigar em outra CPI a questão dos remédios, se há realmente sumiço de remédios, se há compras irregulares de remédios, vamos investigar essa caixa preta que são os hospitais filantrópicos de Cuiabá e se recebem ou não recebem o que é devido”, explicou o tucano que integra a base de apoio ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
Questionado se isso não poderia ser apurado no âmbito da CPI já aberta por Brunini, Renivaldo alegou que a investigação deve ter um objeto específico.
Nos bastidores a abertura de uma 2ª CPI é vista como uma tentativa de tumultuar a apuração proposta pela oposição. Renivaldo nega. “Muito pelo contrário. Essa CPI vai funcionar paralela a esta outra CPI. É outra linha de investigação. Ela vai ‘somatizar’. Vamos criar novos elementos que a outra CPI não vai poder investigar”, afirmou o tucano.
O parlamentar ainda negou que tenha tomado atitude incoerente, já que teria dito, na ocasião da 1ª CPI, que a Câmara já dispõe de uma comissão permanente da saúde com poder de investigação. “Eu não faço parte da comissão da saúde. Existem comissões permanentes que têm poder de investigação. Agora, já que nós criamos CPI, que nós começamos a abrir essa caixa preta, vamos abrir por completo e mostrar pra onde está indo esse dinheiro”, disse.
Texto: Celly Silva/Gazeta Digital (GD)