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Candidatos denunciam falhas em concurso da Prefeitura e até uso de celulares durante as provas
Os candidatos que prestaram o concurso para a Prefeitura de Diamantino no domingo (2), procuraram o Ministério Público Estadual (MPE) nesta terça-feira (4) para denunciar questões com duplicidade nas alternativas, questões com respostas incoerentes e candidatos com celular dentro da sala.
A empresa responsável pela elaboração e aplicação das provas, Método Soluções Educacionais, informou que o concurso não será cancelado e que os erros encontrados não prejudicam os candidatos.
Segundo a empresa, existe um mecanismo no site para que os candidatos entrem com recursos e apontem as irregularidades e, caso o argumento for plausível, a questão será anulada.
“Foram pequenos erros de grafia, nada a ponto de gerar o cancelamento do concurso. A equipe de professores vai realizar uma análise do conteúdo e, caso encontrarem algo de errado, apenas a questão em si será anulada”, explicou a funcionária do departamento jurídico da empresa, Aparecida Chiodi.
A Prefeitura de Diamantino informou que ainda não foi notificada sobre o caso.
Fotos da prova
De acordo com o candidato Márcio Mendes, que concorre a uma vaga de auditor fiscal de tributos, a fiscalização não seguiu as regras do concurso, pois havia candidatos com celulares ligados dentro da sala.
“Não teve treinamento para os fiscais, tinha pessoas tirando foto dentro da sala. Pagamos um valor alto para prestar o concurso e estamos frustrados com isso”, ressaltou.
A empresa disse que identificou o candidato que tirou fotos do gabarito durante a prova e já registrou um boletim de ocorrência contra ele. Além disso, o candidato deve ser desclassificado.
“Foi uma pessoa que agiu de má fé e publicou fotos do gabarito nas redes. Os fiscais foram escolhidos pela prefeitura e receberam um treinamento da empresa com carga horária de 3 horas”, disse Aparecida.
As provas do concurso tinham 100 questões de múltipla escolha cada. O valor da inscrição variou de R$ 40 a R$ 250.
O candidato Wendel Cunha, que realizou a prova para enfermeiro, disse que viajou de Riachinho (MG) para realizar a prova e gastou cerca de R$ 1 mil.
“Viajei 1,5 km para chegar na hora da prova e acontecer isso. Além do dinheiro gasto, teve o tempo que deixei tudo e me dediquei estudando para a prova”, lamentou.
Texto: G1 MT