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Caso de bebê que dormiu 24 horas seguidas após alta dosagem de remédio é investigado
A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso de um bebê de sete meses que recebeu uma alta dose dosagem de um remédio no início do mês passado, em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá.
O bebê foi levado pela mãe dele à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, onde ficou internado, no dia 10 deste mês.
Por causa da alta dosagem de remédio controlado ingerido, a criança dormiu por mais de 24 horas.
Segundo a conselheira tutelar Priscila Jaqueline Vetiz, que acompanha o caso desde o início, os avós paternos estão com a criança até que a situação seja resolvida, ou seja, até a conclusão do inquérito.
“O exame comprovou que a criança tinha um alto índice de remédio no sangue. Isso foi comprovado e foi instaurado um inquérito na Delegacia da Mulher e a polícia está apurando porque a criança tomou essa medicação”, disse.
Ela disse que, enquanto a Justiça não definir sobre a guarda, a mãe pode ter contato com a criança, que está sob a responsabilidade das crianças.
A guarda da criança estava com o avô materno e quem viu o bebê desacordado em casa foi a madrasta da mãe do bebê. Todos moravam na mesma casa.
Segundo ela, a criança estava bastante sonolenta e sujo de vômito. A polícia busca identificar quem teria dado o remédio para o menino. Se a pessoa for identificada, a pena pode chegar a três anos de prisão.
O caso pode se tornar ainda mais grave se a criança ficar com alguma sequela. Nesse caso, segundo a Polícia Civil, a pena aumenta e o responsável poderá responder por lesão corporal.
De acordo com o pediatra, Maurício Martins Santos, a superdosagem do medicamento pode causar consequências no bebê. “A superdosagem do remédio pode trazer danos de diversas formas, como prejudicar a coordenação dos movimentos e chegar a um ataque cardíacorespiratória”, explicou.
Texto: Danillo Moreira/G1 MT