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Casos de malária reduzem mais 43% em Mato Grosso
Os casos de malária reduziram 43,5% de janeiro a março deste ano em comparação ao mesmo período de 2018, em Mato Grosso. No Estado, as notificações da doença caíram de 186 para 81, no último trimestre. Ao longo de todo o ano passado, foram 878 registros do agravo. No país, dados do Ministério da Saúde (MS) apontam redução de 38% da doença, em 2019. Para o MS, a queda representa uma conquista.
De janeiro a março deste ano, a pasta notificou 31.872 novos casos. No mesmo período de 2018, foram registradas 51.076 notificações em todo território nacional. Os dados foram apresentados pelo coordenador-geral dos Programas Nacionais de Controle e Prevenção da Malária do Ministério da Saúde, Cassio Peterka, durante o IV Seminário Estadual Alusivo ao Dia Mundial de Luta Contra a Malária, que aconteceu ontem (25), em Manaus (AM).
Na ocasião, o órgão federal de saúde também lançou a campanha “Brasil Sem Malária”, com foco na região Amazônica (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), que concentra mais de 99% dos casos da doença. Nas demais regiões, apesar das poucas notificações, a malária não pode ser negligenciada, pois se observa uma letalidade mais elevada que na região endêmica. Dentre os nove estados que compõe a região amazônica, Mato Grosso ocupou a quinta colocação no ranking de notificações do agravo, no ano passado.
Por meio da assessoria de imprensa, o MS informou que a redução dos casos de malária no país se deve, principalmente, à integração das ações de saúde realizadas pelo Governo Federal em parceria com os estados, municípios e a população contra a malária. “Para 2019, entre os principais desafios, estão os de manter a continuidade das ações de vigilância da malária, melhorando a oportunidade no diagnóstico e tratamento, resposta rápida a surtos, mobilização social e orientação de prevenção da doença para a população, fortalecimento dos níveis locais, além de comprometimento de todos os envolvidos nas ações de prevenção da doença”, frisou.
O Ministério da Saúde garante que, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), tem intensificado as ações de integração da prevenção da malária com a atenção primária nos estados e municípios. “Além disso, o ministério já realizou neste ano duas capacitações com profissionais de saúde com o objetivo de melhorar a metodologia de trabalho com foco na identificação dos focos de malária”, afiançou.
Outra importante estratégia da pasta é a sensibilização da população, parte essencial desse processo. Por isso, o lançamento da campanha de comunicação, que neste ano, traz o slogan “Brasil Sem Malária”. No ano passado, do total de casos autóctones na região Extra-Amazônica, um terço foram registros com infecção nas áreas de Mata Atlântica. Já os estados da Bahia e Espírito Santo são áreas receptivas para a malária, e enfrentaram grandes desafios para a contenção do surto da doença.
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por parasitos do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada da fêmea infectada do mosquito gênero Anopheles. O paciente com malária não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa, é necessária a participação de um vetor. Entre os principais sintomas da malária estão, febre alta, calafrios, tremores, sudorese ou dor de cabeça. Algumas pessoas antes de apresentarem esses sintomas, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.
O agravo tem cura, mas se não for diagnosticada e tratada em tempo oportuno, pode evoluir para formas graves. O paciente com malária geralmente é tratado com medicamentos fornecidos gratuitamente nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves deverão ser hospitalizados de imediato.
Texto: Veja