Chefe do Procon oficializa candidatura à vaga de Selma no Senado

A suplente de deputada federal Gisela Simona (Pros) confirmou que é pré-candidata ao Senado na vaga que foi da senadora cassada Selma Arruda (Podemos).

Segundo ela, a decisão de entrar na disputa surgiu após um pedido da presidente nacional do Pros-Mulher, Maria Aparecida dos Santos, que esteve em Cuiabá em dezembro do ano passado.

“Vamos aceitar o desafio. Comecei em busca de um cargo federal e essa nova oportunidade é como uma continuidade do que começamos em 2018, quando a população viu nosso nome como possível representante para Câmara Federal. Cuiabá merece essa representação” afirmou.

Segundo Gisela, o Pros encomendou uma pesquisa saber a viabilidade de sua candidatura.

“Existe uma pesquisa em andamento para saber a viabilidade de meu nome e começando umas conversas para ver a questão da suplência nessa chapa que eu devo encabeçar”, acrescentou.

Disputa à Prefeitura

Questionada sobre a disputa pela Prefeitura de Cuiabá, na qual também é cotada, Gisela se esquivou e disse que deixará nas mãos dos eleitores a decisão sobre seu futuro político.

“É um projeto de defesa da nossa Capital e cabe ao povo sempre a decisão se eu fico melhor junto ao Senado ou junto à Prefeitura de Cuiabá”, disse.

Caso eleita, Gisela será a primeira negra de Mato Grosso a assumir o Senado. Nas eleições de 2018, ela concorreu a uma das oito vagas de Mato Grosso na Câmara Federal e obteve 50.682 votos, sendo a candidata mais votada em Cuiabá.

Ela não conseguiu a vaga por uma diferença de 333 votos em relação a Rosa Neide (PT).

A cassação

Selma e seus suplentes, Gilberto Eglair Possamai e Clérie Fabiana Mendes, foram cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE) em abril deste ano por omitir despesas na ordem de R$ 1,2 milhão durante a pré-campanha e campanha de 2018, o que configura caixa 2 e abuso de poder econômico. 

Os gastos foram identificados na contratação da KGM, empresa de pesquisa eleitoral, e a Genius Publicidade.

Ela recorreu da decisão e, na noite de terça-feira (10), o Tribunal Superior Eleitoral confirmou a cassação, por 6 votos a 1.

Os ministros também decretaram a inelegibilidade de Selma e seus suplentes por um prazo de oito anos, além da realização de novas eleições em Mato Grosso.

Texto: Mídia News