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Com celular e caixa de som, presos gravam vídeo dançando lambadão em presídio
Um vídeo gravado no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC) mostra três detentos ouvindo lambadão. A imagem teria sido feita na semana passada, mas passou a circular somente nesta quarta-feira (23). Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), o vídeo (veja AQUI) foi recebido pela equipe que estava de plantão na noite do dia 17.
“Aqui no Carumbé estamos mais ou menos assim”, diz um dos presos com camiseta laranja, enquanto segura uma caixa de som. Outro, sem camisa, dança ao longo dos 29 segundos de vídeo. Um terceiro, com vestes brancas, aparece quase no final da gravação que acontece no pátio da unidade.
Conforme a pasta, a partir da denúncia, foi realizada revista na Unidade II, onde foi encontrado um aparelho celular smartphone que foi encaminhado à Coordenadoria de Inteligência Penitenciária. O reeducando E.F.O. que aparece gravando o vídeo foi identificado como proprietário e responderá a Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD).
Os outros dois reeducandos que aparecem na imagem também irão responder ao PAD e todos serão transferidos por medida de segurança. No dia seguinte, foi uma realizada nova revista na mesma unidade e nada de ilícito foi encontrado.
“A Sesp-MT ressalta que tem reforçado as medidas de segurança, e já teve início a retirada de tomadas das celas da Penitenciária Central do Estado (PCE), a fim de evitar o carregamento de celulares. A unidade também está fazendo as adequações previstas pela Instrução Normativa 007/2019, que trata sobre os procedimentos para realização de visitas sociais, íntimas e extraordinárias às pessoas privadas de liberdades no âmbito do Sistema Penitenciário de Mato Grosso”, diz trecho da nota enviada ao Olhar Direto.
Há dois meses, uma intervenção aconteceu na Penitenciária Central do Estado (PCE), batizada de ‘Operação Agente Douglas’.Os agentes encontraram drogas, aquecedores de água e até bebidas alcoólicas artesanais. O objetivo da ação é fazer uma limpa, reforma e restabelecer a ordem no local, que conta com 2.400 reeducandos.
Texto: Fabiana Mendes/Olhar Direto