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Concluído IPM da morte do aluno bombeiro Rodrigo Claro
Concluído o Inquérito Policial Militar (IPM) que apura a morte do aluno Bombeiro Rodrigo Patrício Lima Claro, 21, que sofreu hemorragia cerebral após treinamento em lagoa, comandado pela tenente Izadora Ledur de Souza.
IPM foi entregue na última quinta-feira (2) ao corregedor da Corporação pelo coronel Bombeiro Alessandro Borges Ferreira, responsável por apurar as circunstâncias da morte.
São cerca de dois volumes de aproximadamente 200 páginas cada um deles, contendo depoimentos dos outros 36 alunos que integravam a turma de Rodrigo. Foram ouvidos ainda oficiais, médicos que atenderam o jovem e anexados laudos periciais e médicos.
O IPM foi entregue ao coronel Marcos Hübner, corregedor da instituição que terá pelo menos 20 dias para fazer a análise do material. Segundo o assessor de imprensa da Corporação, tenente Janisley Teodoro, neste período o corregedor irá analisar se todos os trâmites foram seguidos. Caso avalie que há necessidade de mais algum depoimento, devolve o procedimento ao relator.
Mas se houver convicção de que não faltam informações o IPM será homologado e remetido para a promotoria da Justiça Militar. A previsão é que isto ocorra até no máximo o início do mês de março, informa a assessoria. O conteúdo do relatório não será divulgado.
O IPM foi instaurado, bem como o inquérito policial, a partir de denúncias de familiares de Rodrigo, que acusam a tenente Izadora Ledur, instrutora da turma, de tortura que levou à morte precoce do jovem, 17 dias antes da formatura prevista para ocorrer no dia 2 de dezembro.
O jovem havia dito a mãe, Jane Patrício Lima Claro, que vinha sendo perseguido pela tenente e que temia passar pelo treinamento, que ocorreu na Lagoa Trevisan, no dia 10 de novembro.
Após ser afundado diversas vezes pela tenente, que o mantinha submerso, o jovem passou a ter dores de cabeça e chegou a vomitar. Não conseguiu terminar a prova e deixou o local em sua motocicleta, percorrendo mais de 20 quilômetros até o quartel, no bairro Verdão.
De lá foi encaminhado para a Policlínica onde passou a convulsionar. Transferido para hospital privado, foi diagnosticada a hemorragia cerebral. Mesmo passando por cirurgia, não resistiu, morrendo no dia 15 de novembro.
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), também investiga as circunstâncias da morte e a denúncia de omissão de socorro, por parte da corporação.
O inquérito só não foi concluído ainda pela falta do depoimento da tenente Ledur, que estava previsto para ocorrer na quinta-feira (2), mas foi transferido a pedido do defensor dela, que alegou conflito na agenda. Nova data deverá ser marcada.
Texto: Gazeta Digital