Coronel da PM suspeito de pedofilia já esteve envolvido em outro caso de abuso infantil

A polícia do Rio procura por outras vítimas do coronel Pedro Chavarry, oficial reformado da PM preso no sábado por pedofilia contra uma criança de dois anos. A Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) já entrou em contato com o Disque-Denúncia para tentar conseguir informações de outros casos.

Chavarry já havia sido condenado em primeira instância, em 1993, por abuso contra uma criança, mas acabou absolvido um ano depois, após entrar com recurso. Nesta segunda-feira (12), policiais foram a um dos prédios da Caixa Beneficente da Polícia Militar, onde o oficial trabalhava, e à casa de Chavarry, mas não encontraram nada além de uma arma de propriedade do coronel.

Além de Thuane Pimenta, de 23 anos, presa nesta segunda-feira por ter deixado Chavarry levar a criança, a irmã dela, Isabel, também será ouvida na delegacia. Isabel, no entanto, falará como testemunha e não como suspeita. O telefone celular de Thuane foi apreendido e será encaminhado para perícia. 

Também nesta segunda-feira, a juíza Maria Izabel Pena Pieranti, do plantão judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), decretou a prisão temporária de Thuane.

A magistrada considerou que a medida cautelar é necessária para garantir o andamento das investigações e também deferiu a busca e apreensão de fotografias, computadores, celulares e documentos úteis às investigações em endereços relacionados aos acusados.

Entenda o caso

Pedro Chavarry Duarte, de 62 anos, foi preso na noite de sábado (10), após ser encontrado em um carro com uma criança de 2 anos nua. Segundo a Polícia Civil, para não ser conduzido e “se manter impune”, ele “ofereceu vantagens” aos policias militares que o detiveram.

Ainda de acordo com a polícia, a delegada Carolina Martins, da Central de Garantias da Cidade da Polícia, autuou o coronel em flagrante pelos crimes de estupro de vulnerável e corrupção ativa. Ele foi encaminhado para a Unidade Prisional da PM, em Niterói.

Texto: G1