Corpo de criança que morreu carbonizada em Feliz Natal é liberado 5 meses depois

Foi liberado, após quase cinco meses de espera da família, o corpo de um menino de três anos, que morreu durante um incêndio no município de Feliz Natal.

A criança morreu carbonizada depois que a casa de madeira, onde ele estava, ter pego fogo em novembro do ano passado.

De acordo com o Instituto Médico Legal (IML) de Cuiabá, para onde os restos mortais da criança foram levados para passar por exame de DNA, o laudo ficou pronto no dia 13 de março, mas houve uma falha de comunicação entre o laboratório que realizou o exame e o IML.

O cortejo e sepultamento do menino ocorreu no último sábado (8), no município de Vera, a 486 km da capital, onde a família mora atualmente. À reportagem, a mãe da criança, Ana Bertial Sobrinho, relatou que nunca conseguiu contato direto com o IML, precisando recorrer sempre ao Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) ou do Fórum do município onde mora para conseguir respostas.

“Foi muito difícil os últimos meses sem ter notícias, sem informação. Eu cobrava da forma que podia, indo ao Cras e ao Fórum. Aí eles respondiam uma hora que não tinha material, depois que não tinha equipe suficiente, mas que iam liberar. É uma angústia a espera e não queremos que isso aconteça com mais ninguém. O que pudermos fazer para impedir isso, vamos fazer”, disse.

Os restos mortais do menino foram confrontados com o material genético coletado da mãe dele.

O incêndio

O menino morreu carbonizado, após a casa em que estava pegar fogo. Na época, a Polícia Civil informou que a vítima e outras quatro crianças estavam sozinhas na residência quando o incêndio teve início.

Um adolescente de 14 anos, que seria tio das crianças e o mais velho do grupo, foi quem conseguiu salvar – com a ajuda de vizinhos – os demais sobreviventes, que apenas inalaram fumaça. O adolescente sofreu queimaduras e chegou a ser encaminhado para o Hospital Regional de Sorriso.

Ainda segundo a polícia, a casa, que era feita de madeira, ficou completamente destruída. À Polícia Militar, a mãe afirmou, na época, que havia deixado as crianças sob os cuidados da avó delas.

Outro lado

Por meio de nota, o IML de Cuiabá informou que o exame ficou pronto no dia 13 de março, mas que, devido a implantação do sistema online da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), houve um problema de comunicação entre o laboratório que fez o exame de DNA e o IML, a fim de informar o resultado do exame no momento em que foi concluído.

Texto: G1-MT com Portal Sorriso MT