Corpo de produtor rural é retido no IML por falta de equipamento

Familiares e amigos da ex-vereadora Terezinha Rios Pedrosa e do marido dela, o pequeno produtor rural Aloisio da Silva Lara, assassinados, na quarta-feira (6), na casa onde viviam em Nossa Senhora do Livramento (42 km de Cuiabá), estão indignados com o sucateamento do Instituto Médico Legal (IML).

Eles denunciam que por falta de equipamento de raio-X e material de necropsia, mesmo 24 horas depois dos corpos descobertos, não liberaram o corpo de Aloisio para o funeral.

Segundo Ícaro Rios Lara, 25, filho do casal, a espera só angustia e entristece mais ainda a família. “Já vivemos essa tragédia, eles forma mortos na quarta-feira, avisamos a família dos dois lados e agora liberaram o corpo da minha mãe e o dele não por falta de equipamento. É um descaso”, revolta-se.

Segundo o filho do casal, há possibilidade de não haver velório dos pais e já prosseguirem para o sepultamento, ainda sem previsão de ocorrer . “Estamos pedindo que o IML interceda com o exame em outra instituição para liberar os corpos juntos. Eles sempre viveram juntos, morreram juntos devem ser enterrados juntos”, afirma.

A assessoria de imprensa nega que esteja faltando material na unidade, mas admite problemas com o aparelho de raio-x.

De acordo com a instituição, um dos projétil está alojado na face do produtor rural, e o exame é necessário para localizar a bala e então retira-la para exame de confronto balístico.

Leia a nota na íntegra:

A Diretoria Metropolitana de Medicina Legal da Politec informa que o corpo do produtor, no distrito de Nossa Senhora do Livramento, deverá ficar retido temporariamente no IML de Cuiabá para realização de Exame de Radiografia.

O procedimento será necessário para a localização de um projétil alojado na região da face, que ao ser extraído, será submetido ao exame de comparação balística, para se identificar a arma que originou o disparo.

O IML esclarece que devido a falta do equipamento que era utilizado pelo IML, as imagens serão viabilizadas através de parcerias com outras instituições.

Já o corpo de Terezinha Rios Pedrosa já foi liberada no IML para os procedimentos fúnebres.

Texto: Gazeta Digital