Cuiabano é principal suspeito de matar enteado
O cuiabano Joaquim de Lara Pinto é alvo de investigação da Polícia Judiciária (PJ) de Portugal que apura a morte do enteado dele, Rodrigo Lapa, 15 anos, que foi encontrado morto a 100 metros de casa, em Lagoa, após uma semana de desaparecimento.
O mato-grossense já tinha as passagens para o Brasil compradas um mês antes da morte do adolescente. Segundo a imprensa local, ele é apontado como o principal suspeito.
De acordo com as informações da imprensa local, o adolescente desapareceu no dia 22 de fevereiro, mesmo dia em que Joaquim retornou ao Brasil. Rodrigo Lapa foi encontrado com as mãos amarradas e uma corda atada ao pescoço. Segundo a mãe do garoto, Célia Barreto, o cuiabano já havia marcado a viagem há um mês.
Consta ainda que o mato-grossense decidiu que não continuaria morando em Portugal, já que estava desempregado. A relação entre Joaquim e Rodrigo, segundo a mãe do garoto, era normal: “Não era de amor, mas se falavam bem. Uma relação de amor não se constrói em menos de 12 meses”, disse ela à emissora portuguesa SIC Notícias.
Porém, amigos e vizinhos relatam que eles não se davam bem. Não há informações sobre agressões físicas.
“Não nos entendemos e ele foi embora”, disse a mulher. Questionada se acredita que a viagem do cuiabano tem relação com a morte do filho, a mãe nega: “Não, de jeito nenhum”. A mulher ainda revelou que conversou com o ex-companheiro e que ele perguntou como estava a filha do casal e outras poucas coisas. Porém, não tocou no desaparecimento do adolescente.
O mato-grossense comprou as passagens no início do mês passado e embarcou de volta para o Brasil no dia 22 de fevereiro, mesmo data em que as autoridades ficaram sabendo do desaparecimento do adolescente. Célia e Joaquim estavam juntos há um ano. Neste tempo, tiveram uma filha, que tem seis meses de idade. Joaquim foi copeiro e trabalhou ainda como carregador de bagagens em um hotel da cidade portuguesa.
A Polícia Judiciária continua com as investigações em aberto e o gabinete Médico-Legal e Forense do Barlavento, em Portimão, aguarda exames complementares da autópsia. Por enquanto, há fortes indícios de que jovem terá sido vítima de homicídio, sendo o padrasto do jovem um dos suspeitos.
A reportagem do Olhar Direto entrou em contato com a Polícia Federal que informou estar ciente do caso, mas que não recebeu nenhum contato da representante da Interpol no Estado: “Seguimos acompanhando e qualquer novidade será enviada à imprensa por meio de nota”, explicou a assessoria.
Texto: Olhar Direto