Detentos de Sinop e Lucas fazem greve de fome por melhorias em presídios

Detentos de pelo menos nove presídios de Mato Grosso iniciaram ontem (6) uma greve de fome por melhorias nas unidades. O protesto denominado “Salve Geral” ocorre na Penitenciária Central do Estado (PCE), Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC) e Penitenciária Feminina Ana Maria Couto May, em Cuiabá, no Capão Grande, em Várzea Grande, e nas cadeias públicas de Sinop, Água Boa, Comodoro, Campo Novo e Lucas do Rio Verde.

Os detentos reivindicam melhorias no atendimento médico e dentário, cobram solução para a superlotação e pedem oportunidade de trabalho e estudo.

O presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindispen), João Batista Pereira, disse que, até o momento, a manifestação é pacífica, mas que os agentes já estão em alerta para qualquer contratempo.

“Estamos monitorando, pedindo aos servidores para terem cautela com a relação à segurança. Não que haja qualquer tipo de risco, mas apenas para ficar alerta, tratar a questão de forma tranquila para evitar embates. Não temos informação de que isto possa evoluir para algo violento até o momento”, disse João Batista.

Em nota, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos informou que os presos se recusaram a receber o café da manhã e o almoço, fornecidos pelo Estado nesta segunda.

Em relação ao atendimento à saúde, a Secretaria esclareceu que todas as maiores unidades do Sistema Penitenciário possuem no próprio local equipes formadas por médico (clínico geral, ginecologista), enfermeiro, técnico de enfermagem, psicólogo, assistente social, odontólogo, auxiliar de saúde bucal, farmacêutico e nutricionista.

Além disso, revelou que a Secretaria de Estado de Saúde contratará médicos para repor e ampliar o quadro. Nas demais unidades, o atendimento é realizado na rede municipal.

Quanto aos medicamentos, a Secretaria disse que são fornecidos pelas pastas municipais de Saúde e o Sistema Prisional recebe os mesmos disponibilizados à população em geral.

Sobre o tratamento de tuberculose, a Sejudh afirmou que todos os reclusos diagnosticados com a doença recebem diariamente a medicação e mensalmente são pesados e passam por exames de baciloscopia de controle e avaliação clínica com intuito de acompanhar a evolução de cada paciente.

Texto: Mídia News