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Dupla é presa por quebrar braços e matar criminoso em Mato Grosso
A Polícia Civil prendeu dois homens acusados de envolvimento no assassinato de um ex-detento, no dia 11 de maio de 2019, no bairro Jardim Glória 2, em Várzea Grande, em cumprimento de mandados de prisão temporária, decretados no âmbito de inquérito policial conduzido pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP). A vítima, Antônio Marcos de Almeida Ferreira, 36 anos, era membro de facção criminosa e estava fora da prisão há 4 meses, com monitoramento de tornozeleira eletrônica.
Ele tinha várias passagens criminais por Cuiabá, Cáceres e Água Boa. Os suspeitos de atirar na vítima também são dois faccionados que usam tornozeleiras eletrônicas.
Trata-se de Anderson Reis Pereira, 33, conhecido por Soldado, e Jonatham José Campos, 32 anos, ambos presos em Várzea Grande, por mandados de prisão temporária (30 dias). Uma terceira pessoa também é investigada, mas não teve a prisão decretada.
Em sua casa foram realizadas buscas e no local encontrados dois revólveres calibre 38, munições, drogas e R$ 5.811,45. A Polícia Civil suspeita que uma das armas pertença à vítima, já que na ocasião de sua morte os policiais encontraram 15 munições de calibre 38 – duas embaixo do sofá e 13 em uma sacola no armário da cozinha- dentro da residência.
À época do crime, a equipe da DHPP, durante a liberação do corpo no hospital Santa Rita de Cássia, em Várzea Grande, foi informada que a vítima estava com dois braços quebrados e havia dado entrada às 12h35, com duas perfurações de disparos de arma de fogo, e morreu por volta das 15h. Os policiais, então, foram até a casa da vítima e lá informados pela esposa, que pessoas invadiram a residência e durante a tentativa de roubo atiraram em seu marido.
Essa história não convenceu muito os policiais, que foram atrás de novas informações que levantaram que a vítima fazia uso de drogas e ficava muito violenta com a esposa e também vinha causando problemas com vizinho. A mulher, que também integra facção, teria reclamado a organização, que ordenou que fosse dado uma surra em Antônio Marcos.
A investigação aponta que durante o “salve” a vítima reagiu com agressividade, devido ao uso de entorpecentes, e por conta disso os executores acabaram por atirar nela. O monitoramento das tornozeleiras dos dois envolvidos também indica que no dia crime eles passaram de motocicleta várias vezes em frente à casa da vítima e depois na casa do terceiro suspeito, pessoa que teria ordenado a “correção” na vítima.
As investigações comandadas pela delegada Eliane Moraes prosseguem para confirmar a participação de outros envolvidos. Os presos serão interrogados e encaminhados ao Sistema Prisional para cumprimento do período da prisão temporária, em unidade prisional de Várzea Grande.
Texto: FolhaMax