Em três meses, 22 pessoas foram assassinadas em Rondonópolis

egundo dados da Polícia Judiciária Civil (PJC), por meio do Sistema Nacional de Estatísticas de Segurança Pública e Justiça Criminal (Sinesp),  de janeiro a março deste ano, 22 homicídios já foram registrados em Rondonópolis (MT).

Ainda de acordo com os números repassados pela assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Segurança Pública ao site GazetaMT,  em janeiro foram registrados 9 homicídios , mais 7 mortes em fevereiro e 6 assassinatos em março. No comparativo, em 2015 foram registrados 28 homicídios neste mesmo período. (janeiro: 6; fevereiro:14 e março:8).

Conforme o delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia em Rondonópolis, Lucídio Rondon, independente dos números, qualquer perda de vida é lamentável.  “A ideia é chegar a nenhuma ocorrência, no entanto, isto é quase impossível. Apesar dos números serem inferiores ao mesmo período do ano passado, os trabalhos de investigações estão sendo feitos tanto pelos investigadores da 1ª DP, quanto da 2ª Delegacia de Polícia Civil na Vila Operária, no intuito de dar uma resposta para a sociedade e aos familiares das vítimas, quanto aos autores destes crimes” destaca o delegado.

O delegado civil acredita ainda que a maioria destes crimes esteja relacionada à drogas, retaliação, vingança, dívida entre traficantes, usuários em débito, já que houve algumas execuções de jovens usuários de entorpecentes, onde os mesmo tinham dívidas com traficantes e não conseguiram cumprir com o pagamento.  “É bem verdade de alguns crimes aconteceram devido a uma tentativa de assalto ou desentendimento familiar”, esclarece.

Lucídio também falou sobre as formas de atuação dos criminosos, onde na maioria das vezes, de acordo com testemunhas que estavam no local do fato, os suspeitos chegaram em uma motocicleta e efetuaram disparos de arma de fogo contra a vítima.

“Este é o modo operante que tem sido usado na maioria dos crimes, além de chegar de forma eficaz até a vítima, a moto é um veículo rápido, pequeno e que pode se embrenhar em um matagal durante uma fuga”, explicou o delegado.

Denúncias Anônimas

Ainda durante entrevista ao site GazetaMT, o delegado também falou sobre a importância de denúncias anônimas feitas pela sociedade, e que podem contribuir  durante o processo de investigação. “O primeiro passo da investigação começa quando uma equipe da Polícia Civil vai até o local do fato e obtêm informações sobre o crime. O objetivo é tentar encontrar uma testemunha que tenha presenciado toda a ação, ou que consiga passar alguma característica do suspeito, ainda que anonimamente”.

Texto: GazetaMT