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‘Era batalhador e extrovertido’, diz noiva de agrônomo assassinado por fazendeiro
A noiva do engenheiro agrônomo Silas Henrique Palmieri Maia, de 33 anos, a enfermeira e doutora, Ana Lúcia Sartori, disse que ele era muito extrovertido e batalhador e lamentou a morte. Ele foi morto a tiros dentro de um restaurante, no último dia 18, em Porto dos Gaúchos, a 644 km de Cuiabá, e três dias depois o suspeito do crime, fazendeiro Paulo Faruk de Moraes, foi preso.
Segundo ela, Silas demorou dois anos construindo a “casa dos sonhos dele”, em Sinop, a 503 km de Cuiabá, para a qual eles tinham se mudado juntos havia 40 dias.
Ana Lúcia disse que eles se conheceram em 2016, quando ela estava concluindo o doutorado, e o que chamou a atenção dele foi o jeito do agrônomo.
“Me chamou muita a atenção quando o conheci porque era diferente de mim, sou muito reservada. O jeito alegre dele, divertido, batalhador, me chamou a atenção e o nosso relacionamento foi se construindo”, contou.
Em abril do ano passado, eles começaram a viver juntos. “A nossa relação vinha se solidificando. Ele já estava construindo a casa. Em 10 de janeiro deste ano, mudamos para a casa que ele durou dois anos construindo. E ele só pode desfrutar dessa casa por 40 dias”, disse.
O crime
Silas Henrique teria sido morto com tiros na cabeça após cobrar uma dívida em uma fazenda da região. A vítima foi levada para o Hospital Municipal de Porto dos Gaúchos e os médicos tentaram reanimá-la em cima da caminhonete em que foi levada.
A testemunha, que levou Silas até o hospital, disse que estavam em uma lanchonete, na comunidade de Novo Paraná, e não perceberam quando um homem chegou por trás deles e efetuou vários disparos na cabeça de Silas, que caiu já, aparentemente, morto.
Em seguida, o autor do crime saiu andando em direção ao seu veículo, olhando para trás para se certificar que havia matado à vítima.
Silas trabalhava como consultor de vendas em uma empresa de insumos de Sinop.
Texto: G1 MT