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Especialistas alertam para tipo mais raro de gripe
Com a chegada dos dias mais frios, é esperado que o vírus influenza, causador da gripe, comece a circular com mais intensidade. Além do tipo H1N1, também chamado de gripe suína, alguns estados já registraram os primeiros episódios de infecção pelo H3N2, uma versão que, só nos Estados Unidos, infectou mais de 47 mil pessoas no último surto e provocou diversas mortes, principalmente de crianças e idosos.
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Segundo o último informe epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, 13 estados brasileiros já registraram um total de 57 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave causado pelo influenza H3N2. Do total, dez pacientes morreram, sendo três em São Paulo.
A circulação do H3N2 no Brasil não é novidade. Segundo a diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, a biomédica Regiane de Paula, esse vírus da gripe trafega pelo país há bastante tempo. Ela reforça ainda que a vacina que será distribuída na campanha deste ano protege contra ele. “Ela já tem o H1N1, o H3N2 e também um subtipo do influenza B na composição”.
O surto de gripe brasileiro será igual ao americano?
Para a biomédica Regiane de Paula, não é possível afirmar que a incidência no H3N2 será igual no nosso território. “Há um inverno muito mais intenso na América do Norte. Estamos em um país tropical e ainda não esfriou tanto. Por outro lado, vivemos em um mundo globalizado”, ressalta.
Ela ainda destaca que não há mudança significativa na incidência do vírus H3N2 no Brasil. “Ao compararmos os boletins epidemiológicos do ano passado com os dados de 2018, no estado de São Paulo, vemos que eles são semelhantes”. A meta é seguir monitorando os casos de gripe para ver como essa doença vai evoluir por aqui.
O H3N2 exige prevenção especial?
Não. Como já foi dito, a vacina contempla esse vírus – e será distribuída gratuitamente para idosos acima de 60 anos, crianças com mais de 6 meses e menos de 5 anos, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, trabalhadores de saúde, povos indígenas, portadores de doenças crônicas (como as cardiovasculares) e professores.
Na rede privada, a versão quadrivalente da vacina pode ser adquirida por qualquer um.
Além disso, siga aquela etiqueta de higiene. “Coloque sempre o braço na frente da boca ao tossir, lave as mãos, evite circular em locais fechados com pessoas infectadas e, aos primeiros sinais de sintomas, procure um médico”, destaca Regiane.
Texto: Saúde Abril