Ex-comandante da PM e ex-adjunto da Secopa são alvos; veja

Entre os alvos da 2ª fase da Operação Convescote, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) nesta sexta-feira (30), estão o ex-secretário adjunto de Infraestrutura da antiga Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo, Alysson Souza, e o ex-comandante geral da Polícia Militar, Nerci Adriano Denardi.

As buscas e apreensões e conduções coercitivas contra 13 pessoas foram autorizadas pela juíza Selma Arruda, na última quarta-feira (28).

A Convescote apura o desvio de mais de R$ 3 milhões dos cofres públicos por meio de convênios firmados entre a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faespe) com a Assembleia, Tribunal de Contas do Estado (TCE), Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) e Prefeitura de Rondonópolis.

Veja quem foram os alvos:

Elizabeth Aparecida Ugolini (funcionária do Sicoob);

Odenil Rodrigues de Almeida (assessor do deputado Guilherme Maluf);

Tscharles Franciel Tschá (ex-secretário-geral da Assembleia);

Eneias Viegas da Silva (diretor financeiro do Tribunal de Contas do Estado);

Fabricio Ribeiro Nunes Domingues;

Alysson Sander Souza (ex-adjunto de Infraestrutura da antiga Secopa);

Marcelo Catalano Correa (servidor do TCE);

Nerci Adriano Denardi (ex-comandante geral da PM);

Drieli Azeredo Ribas (ex-servidora da Assembleia);

Maurício Marques Junior (servidor do TCE);

Sued Luz (assessor do deputado Guilherme Maluf);

Alison Luiz Bernardi (coronel da PM).

1ª fase

De acordo com o Gaeco, os alvos da primeira fase da Convescote, deflagrada no último dia 20, desviaram mais de R$ 3 milhões dos cofres públicos.

O esquema de desvios de recursos, segundo as investigações, era viabilizado pelos pagamentos que órgãos como a Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, além da Secretaria de Infraestrutura (Sinfra) e Prefeitura de Rondonópolis, faziam por meio de convênios com a Faespe para prestação de serviços diversos.

A Faespe, por sua vez, subcontratava empresas (algumas delas “fantasmas”), cujos serviços eram pagos com dinheiro público.

Porém, conforme o Gaeco, quem atesta as notas fiscais dos mencionados “serviços” era um funcionário da própria Faespe e não um servidor público escalado para fiscalizar e supervisionar citados convênios.

Foram alvo de mandados de prisão preventiva: Claudio Roberto Borges Sassioto, Marcos Moreno Miranda, Luiz Benvenuti Castelo Branco de Oliveira, Jose Carias da Silva Neto Neto, Karinny Emanuelle Campos Muzzi de Oliveira (que conseguiu prisão domiciliar), João Paulo Silva Queiroz, José Antônio Pita Sassioto, Hallan Goncalves de Freitas, Marcos Jose da Silva, Jocilene Rodrigues de Assunção e Eder Gomes de Moura.

Dos presos, quatro já conseguiram deixar a cadeia. Karinny Emanuelle Campos Muzzi de Oliveira, Jocilene Rodrigues de Assunção e Marcos Moreno Miranda tiveram as prisões preventivas convertidas em domiciliares, por decisão da juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital.

Já João Paulo Silva Queiroz conseguiu liberdade com tornozeleira eletrônica, também por decisão da magistrada.

Texto: MidiaNews