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Ex-pistoleiro de Arcanjo é acusado de ameaçar agentes prisionais
O ex-policial militar Célio Alves de Souza, que retornou em definitivo para a Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, na quinta-feira (22), é acusado de ameaçar agentes prisionais.
Um dos agentes responsável pela escolta registrou queixa de ameaça contra o ex-PM, condenado a 88 anos de prisão.
Conforme o boletim de ocorrência, a discussão ocorreu ontem à tarde, quando o ex-PM chegou algemado e foi levado para o Raio 5 da penitenciária, destinado a presos considerados de alta periculosidade.
O agente prisional solicitou que Célio Alves colocasse as mãos na cabeça, uma vez que estava algemado pela frente.
No momento, havia esquema máximo de segurança para evitar qualquer tentativa de fuga.
“Célio disse que não sabiam com quem estava lidando. Ele disse que era muito perigoso e era preciso ter cuidado com ele”, relatou uma das testemunhas.
Para conter o ex-PM, os agentes chegaram a utilizar spray de pimenta. Em seguida, Célio Alves foi levado para uma das celas.
Como se trata de um preso de alta periculosidade, ele está numa cela de segurança máxima.
Há 10 anos, o ex-PM conseguiu fugir da mesma penitenciária, localizada no bairro Pascoal Ramos, na capital.
Após a fuga e captura, o ex-PM foi enviado para a Penitenciária de Segurança Máxima de Porto Velho (RO), de onde voltou na quinta-feira.
Não há previsão de transferência, segundo a Vara de Execução Penais.
Uma das condenações do ex-militar a 17 anos de prisão é pelo assassinato do empresário Sávio Brandão, fundador do jornalFolha do Estado, em setembro de 2002.
Pistoleiro
O ex-cabo da Polícia Militar Hércules Agostinho Araújo e o ex-soldado Célio Alves eram apontados com os principais pistoleiros do então bicheiro João Arcanjo Ribeiro, na década de 1990/2000, em Mato Grosso.
Em junho de 2011, ambos foram condenados a 16 anos de reclusão pela morte do empresário Mauro Sérgio Manhoso. Ele foi executado com nove tiros, em outubro de 2000.
Manhoso teria sido morto por, supostamente, tentar implantar uma espécie de “raspadinha”, que iria concorrer com o jogo do bicho em Cuiabá e Várzea Grande.
Nos autos, constava que Célio, da garupa de uma moto conduzida por Hércules, fez diversos disparos contra a vítima, que estava num carro.
Manhoso foi atingido por nove disparos de uma pistola calibre 380 e morreu no local.
João Arcanjo foi denunciado como mandante do crime. Ele detinha o monopólio dos jogos ilegais no Estado e não permitia que terceiros ocupassem espaço.
Para eliminar o concorrente, ele teria contratado o serviço de pistolagem dos dois ex-militares.
Texto: Mídia News