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Ex-secretários devem se defender, diz Pedro Taques
O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que os ex-secretários que foram soltos por determinação do ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), devem pensar em fazer as suas defesas antes de cogitarem o retorno aos seus cargos.
O ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, o ex-secretário de Segurança Pública (Sesp), Rogers Elizandro Jarbas, o ex-secretário de Justiça, Airton Benedito Siqueira Júnior, e o ex-chefe da Casa Militar Evandro Ferraz Lesco, foram presos sob acusação de obstrução à Justiça durante a investigação do esquema de interceptações telefônicas ilegais ocorrido em Mato Grosso.
Além deles, também foram presos a mulher de Lesco, a personal trainer Helen Lesco, o coronel da PM Zaqueu Barbosa, o major Michel Ferronato, e o sargento João Ricardo Soler. Todos foram presos durante a Operação Esdras e soltos na terça-feira (31) por decisão do ministro do STF.
Para Taques, contudo, a soltura dos ex-secretários não garante retorno imediato aos seus cargos no staff. “Eles têm que fazer a defesa deles primeiro”, disse o governador, que tem evitado falar sobre o esquema que teria vitimado centenas de pessoas, entre jornalistas, políticos e até membros do judiciário.
Questionado se a soltura de todos foi considerada uma justiça, Taques se limitou a dizer que a “Justiça tem que ser feita”.
Decisão do STJ – Na decisão que colocou todos em liberdade, o ministro Mauro Campbell atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF), que afirmou que as prisões preventivas não se faziam necessárias, uma vez que os inquéritos relacionados ao grampos agora estão sob a responsabilidade do STF.
As apurações sobre os grampos foram levadas à instância superior depois do pedido do governador Pedro Taques (PSDB), investigado no caso. O MPF destacou ainda que a decisão sobre a necessidade de desmembramento e apuração se houve ilegalidade na exclusão do Ministério Público Estadual (MPE) ao longo da investigação demandará tempo superior ao necessário para as prisões.
Com isso, todos os envolvidos que estavam presos por obstrução à justiça foram colocados em liberdade. No entanto, ainda seguem presos o coronel Zaqueu Barbosa, ex-comandante da Polícia Militar, e o cabo Gerson Luiz Corrêa. Os dois foram presos em 23 de maio, durante as investigações feitas pelo Inquérito Policial Militar (IPM) sobre o caso.
Gerson é acusado de ser o responsável por fazer relatórios falsos de grampos militares executados por meio da modalidade “barriga de aluguel”. Já Zaqueu teria coordenado toda a execução do esquema de grampos ilegais.
Texto: GD