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Ex-servidora acusa presidente do Indea de assédio sexual
Uma ex-servidora do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), de 19 anos, denunciou o presidente do órgão, Marcos Catão Dornelas Vilaça, por assédio sexual. O caso ocorreu em novembro, mas só veio à tona nesta semana.
A jovem relatou no boletim de ocorrência que já trabalhava com Marcos havia sete meses. Quando ele assumiu o cargo de presidente, a jovem foi convidada a ser assessora.
A vítima contou que, nos últimos quatro meses de trabalho, precisava entrar com frequência na sala do presidente para servir café e mostrar o cardápio para ele pedir suas refeições, além de outras atividades que não compreendem suas funções como servidora.
No dia 12 de novembro do ano passado, ao entrar na sala para repor garrafas de água, a jovem passou a ser assediada por Marcos, conforme o boletim de ocorrência.
A ex-servidora relatou que o presidente disse que “ela não precisava ficar de máscara [contra a Covid-19] na sala dele e, enquanto falava e olhando para a vítima, passou a massagear o pênis por cima da calça”.
A jovem disse, ainda, no documento que ficou quem “choque”, mas mesmo assim foi trabalhar no dia seguinte. Porém, ao contar a situação para seu pai, ele a orientou a pedir exoneração e registrar o boletim de ocorrência para evitar que isso pudesse acontecer com outras mulheres.
A exoneração da garota foi publicada um mês depois do assédio. A deputada estadual Janaina Riva (MDB) disse, em seu perfil no Instagram, que conversou com o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, para pedir o afastamento de Marcos do Indea.
“Já entrei em contato com o secretário da Casa Civil, Mauro Carvalho, que prontamente me atendeu e ouviu minha sugestão: afaste. Não que um homem acusado de assédio não tenha o direito de se defender, mas a mulher, vítima, precisa se sentir segura, saber que existe justiça e que ninguém, por maior que seja sua posição, está imune a lei”, escreveu a parlamentar.
O Governo de Mato Grosso vai abrir investigação para apurar o caso.
Texto: Bianca Fujimori/Mídia News