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Fiscais da Vigilância Sanitária são presos em MT suspeitos de extorquir dono de peixaria e levar alimentos
Dois fiscais da Vigilância Sanitária de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, foram presos nessa segunda-feira (27) suspeitos de extorquirem um comerciante dono de uma peixaria na cidade, além de apreenderem ilegalmente produtos do estabelecimento.
De acordo com a Polícia Civil, o comerciante, proprietário de uma peixaria no Bairro Imperador, denunciou que os fiscais exigiam dinheiro para que o estabelecimento pudesse funcionar.
Foram presos o fiscal Nelio Flores de Freitas, de 51 anos, e Erick William Pinto, de 37 anos, superintendente da unidade.
O empresário disse à polícia que não aguentava a pressão por parte dos fiscais que o estavam extorquindo há vários dias.
Além de cobrar o dinheiro, os servidores também teriam retirado mercadorias do local. Nélio interditou o estabelecimento no dia 17 de maio e afirmou ao proprietário que ele tinha uma dívida de R$ 12 mil.
O empresário procurou a sede da Vigilância Sanitária no dia 22 de maio. O superintendente e o chefe de fiscalização, identificado como Lúcio, teriam dito ao empresário que ele poderia reabrir o estabelecimento caso ele pagasse uma propina de R$ 4 mil.
No mesmo dia Nélio foi até a peixaria e retirou a interdição. Ele pegou 10 pacotes de quibe de peixe e teria avisado que foi Erick que mandou que o servidor pegasse o produto.
Já na segunda-feira o fiscal retornaria para pegar o pagamento com o empresário. Em troca disso, o servidor daria a emissão do alvará de funcionamento.
Os policiais receberam uma denúncia e flagraram o momento em que o Nelio cobrava o empresário.
Já na delegacia, os policiais receberam outras denúncias anônimas de comerciantes locais informando que os fiscais da Vigilância Sanitária exigiam propina para não multar e não interditar estabelecimentos irregulares.
Outro lado
A Secretaria de Comunicação Social de Várzea Grande informou, em nota, que os três servidores estão sendo acusados da prática de crime de concussão.
Disse que a Procuradoria-Geral de Várzea Grande está ‘tomando conhecimento dos fatos para eventuais providências e correção dos prejuízos às vítimas’.
Afirmou também que os servidores serão demitidos e afastados das funções durante as apurações.
Também foi determinada pela Secretaria de Saúde a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD)
Texto: G1/MT