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Governo de MT é investigado por desvio e suspensão de verba de combate ao trabalho escravo
Um suposto desvio e suspensão do Fundo de Erradicação do Trabalho Escravo em Mato Grosso (Fete), por parte do governo de Mato Grosso, é alvo de investigação pelo Ministério Público Estadual (MPE). O MPE abriu um inquérito civil no dia 5 de fevereiro e deu prazo para que o governo se explique a respeito da suposta irregularidade.
Por conta desse impasse, a Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo (COETRAE), vinculada à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), está com as atividades paralisadas desde setembro de 2016.
A Sejudh informou que vai se manifestar oficialmente na tarde desta quinta-feira (15). Os recursos do Fete são arrecadados por meio de condenações e acordos judiciais de ações envolvendo a exploração de trabalho, multas e indenizações provenientes de termos de ajustamento de conduta, infrações e indenizações, entre outras autuações.
A portaria é assinada pela promotora Audrey Ility. O COETRAE disse, no documento, que desde 2016 as verbas destinadas ao Fete estão sendo utilizadas indevidamente pela Sejudh.
A promotora determinou que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) de Mato Grosso preste informações, no prazo de 20 dias, sobre os valores destinados ao Fete.
Também terá que ser informado o montante que foi utilizado pela secretaria e o prazo em que a verba será devolvida ao fundo.
Trabalho escravo em Mato Grosso
Segundo o presidente do COETRAE, Inácio Werner, as atividades, projetos e demais trabalhos da comissão estão paralisadas há quase dois anos por conta da suspensão do Fete.
“Esse dinheiro foi sendo retirado para pagar despesas da Sejudh, como comida de presos e despesas normais. Quando soubemos dessa informação, em setembro de 2016, demos um prazo [ao governo]. Suspendemos as atividades pois não tem sentido a comissão sem o recurso destinado”, disse Werner ao G1. Saiba mais aqui.
Texto: Denise Soares/ G1 MT