Governo diz que Saúde de MT tem dívida de R$ 613 milhões com fornecedores, servidores e municípios
Um balanço sobre a atual situação financeira do governo do estado foi divulgada pelos técnicos da Secretaria Estadual de Saúde (SES) à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), em audiência pública. Foi apontada uma dívida de R$ 613 milhões. O valor equivale a 30% do orçamento previsto para a área neste ano, que é de R$ 2,1 bilhões.
No entanto, segundo o governo, a maior parte desse montante, que corresponde a R$ 438,6 milhões, foi deixada pela administração anterior.
O valor inclui dívidas com fornecedores, pessoal e com os municípios. Ainda não existe um cronograma para o pagamento dessas dívidas e o governo alega que irá quitá-las de acordo com o fluxo de caixa. Atualmente, o estado alega que não tem dinheiro suficiente para pagar todo o débito.
A dívida com os municípios é de R$ 234,9 milhões, sendo R$ 174,5 milhões referentes ao exercício de 2018 e R$ 60,4 milhões de exercícios anteriores. O passivo com pessoal soma R$ 81 milhões e R$ 297,5 milhões são referentes a outras dívidas.
Na audiência, o vice-presidente da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social, deputado Lúdio Cabral (PT), defendeu a revogação da Emenda Constitucional do Teto de Gastos, aprovada em 2017 com o objetivo de reforçar a disciplina e o equilíbrio fiscal, mediante a criação de regras que evitem a expansão do gasto corrente além da capacidade financeira do estado.
O parlamentar afirmou ainda que não há calamidade financeira no estado e que o corte de despesas realizado pelo governo não será suficiente para resolver os problemas do estado.
Também participaram da reunião os deputados estaduais Dr. Eugênio (PSB), Delegado Claudinei (PSL), Ulysses Moraes (DC), Silvio Fávero (PSL) e Xuxu Dal Molin (PSC), além do vice-presidente da Comissão de Saúde da OAB-MT, Danilo Gahyva.
Texto: G1 MT