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Governo quer emprestar R$ 800 milhões para concluir o VLT
O governador Pedro Taques (PSDB) encaminhou à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) um projeto para autorização de empréstimo de R$ 800 milhões na Caixa Econômica Federal para a conclusão das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que estão paradas desde dezembro de 2014, em Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital. Inicialmente, o custo total da obra previsto era de R$ 1,4 bilhão, mas R$ 1 bilhão já foi gasto e só metade do projeto foi executado.
Em contrapartida, como consta no projeto, o governo do estado repassaria R$ 325,9 milhões. “Como é de conhecimento de toda a sociedade, a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos tem o objetivo de proporcionar melhores condições de vida aos usuários do transporte coletivo, através de um sistema moderno e com tecnologia que existe de mais eficiente no mercado mundial”, diz o documento.
De acordo com o governo, com a conclusão do metrô de superfície, espera-se que o aumento na velocidade operacional do transporte coletivo, redução pela metade no tempo de viagem entre o início e o final dos trechos e reduzir o número de veículos transitando pelas ruas, melhorando o trânsito.
O projeto assinado no dia 12 deste mês chegou à Assembleia Legislativa nesta semana.
A obra ficou suspensa até que o governo do estado fechou um acordo com o consórcio VLT, responsável pelo projeto, em março deste ano. O VLT e outras obras de mobilidade urbana deveriam ter sido concluídas a tempo da Copa do Mundo, em junho de 2014. O que se viu, à época, porém, foi uma cidade com várias obras inacabadas.
Quando o acordo foi fechado, a previsão era que as obras do VLT fossem retomadas em maio, mas, como o empréstimo ainda não foi feito, tudo continua parado.
Em março, ficou acertado de que a primeira etapa da obra – que compreende o trecho entre o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, e a estação do Porto, na capital – será entregue até março de 2018.
O cronograma prevê, ainda, que até dezembro de 2018 deverá entrar em funcionamento todo o trecho da linha 1, que totaliza 15 km e liga o aeroporto ao Comando Geral, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), em Cuiabá.
Já a linha 2, que possui 7,2 km de extensão e compreende o trecho entre a Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha) e o Parque Ohara, no Coxipó, deverá ser concluído até maio de 2019, segundo prevê o acordo.
Um estudo feito por uma empresa de consultoria, a pedido do governo do estado e autorizado pela Justiça Federal, que interveio na questão, apontou que seriam necessários mais R$ 602 milhões para o término do VLT.
A operação deve ser feita por meio de Parceria Público-Privada (PPP), com a participação das empresas de ônibus que operam nas duas cidades atingidas pelo modal e que terão suas linhas alteradas.
Segundo o governo, a tarifa do VLT será o mesma da passagem de ônibus. Com isso, o governo do estado terá que subsidiar o valor da tarifa, o que fará com o que o poder público arque com quase R$ 40 milhões por ano com o custo de manutenção, aproximadamente.
Texto: G1-MT