Governo reúne Comitê de Crise e decreta ponto facultativo para esta 2ª no Estado

O governador Pedro Taques (PSDB) decretou ponto facultativo em Mato Grosso nesta segunda (28). A medida, que atinge 100 mil servidores da ativa, entre secretarias e órgãos, e mais de 400 mil alunos, visa amenizar o impacto da escassez de combustível no Estado em decorrência da greve dos caminhoneiros que chega ao 7ª dia.

Caso a paralisação dos caminhoneiros não seja interrompida, o Executivo pode decretar ponto facultativo também, nas próximas terça e na quarta. Com o feriado de Corpus Cristhi na quinta (31) e já decretado o ponto facultativo da próxima sexta (1), o expediente no Estado pode ser suspenso durante toda a semana e só ser retomado em 4 de junho.

A decisão foi tomada em reunião do Comitê de Gestão de Crise, que acontece desde as 14h30 deste domingo (27). Neste momento, o governador e representantes das secretarias estaduais, Exército, PRF, Fiemt, Indea, entre outros, discutem a situação das principais cidades do Estado e mais medidas podem ser anunciadas no decorrer de hoje. 

De acordo com o decreto nº 1.497 de 2018, a suspensão do expediente nos dias seguintes será avaliada a cada dia, levando em conta a permanência da situação. Segundo o documento assinado pelo governador Pedro Taques, apenas funcionarão normalmente os serviços da Segurança Pública, Saúde, Detran, Sistema Penitenciário, Secretaria de Fazenda e Procuradoria Geral do Estado.

As aulas das unidades escolares estarão suspensas nesta segunda (28) e deverão ser repostas nos primeiros dias do recesso de julho.

Caberá aos dirigentes máximos dos órgãos e entidades estaduais, por meio de portaria, determinar outros serviços que não serão interrompidos.

Para o governador, a continuidade do expediente normal contribuiria para o agravamento da situação de transtorno nos transportes e outros segmentos.

 

Comitê de crise

O Comitê foi criado para acompanhar os impactos da paralisação dos caminhoneiros e assegurar que os serviços essenciais ao cidadão, como saúde e segurança pública, não sejam afetados. O objetivo do grupo é fazer diagnósticos, traçar estratégias e formular parcerias e ações que possam minimizar o impacto da escassez de insumos, principalmente combustível, na prestação de serviços à população.

 

Situação de emergência

Nesse sábado (26), o governador decretou situação de emergência em Mato Grosso devido à paralisação dos caminhoneiros e, consequentemente, ao desabastecimento de combustível e outros bens de consumo provocado pelo movimento no Estado. O decreto prevê ações do Governo para evitar situações que possam comprometer a oferta da prestação de serviços considerados essenciais à população, como nas áreas de saúde e segurança pública, além de garantir a ordem e os direitos fundamentais dos cidadãos.

A falta de combustível tem gerado transtornos nos transportes públicos e particulares, desabastecimento de produtos alimentícios nos supermercados e falta de insumos nos hospitais. Até o momento, no entanto, não houve interrupção de serviços essenciais como de policiamento ostensivo e também de atendimento via Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O decreto autoriza ainda a utilização das forças de segurança do Estado, em cooperação com as Forças Armadas e Polícia Rodoviária Federal, para a escolta de veículos transportadores de combustíveis, gás e outros produtos e gêneros de primeira necessidade. Autoriza também que os agentes de segurança assumam a condução dos veículos em caso de recusa dos transportadores.

 

Texto: RD News