Idoso mata amante com tiro na cabeça, avisa filhos e está ‘foragido’

Idoso de 73 anos mata mulher de 52, com quem teria um caso extraconjugal por 30 anos e depois liga para filhos anunciando que fez “besteira” se referindo ao crime. O caso foi registrado em Poxoréu (251 km ao sul de Cuiabá). O suspeito, identificado como Eduardo Portella, é considerado foragido pela Polícia Civil,.

No entanto, o advogado antecipou que seu cliente irá se apresentar na próxima segunda-feira (4). A vítima, Nelci Alves, foi morta a tiros na propriedade rural do suspeito. Segundo o boletim de ocorrências feito pela Polícia Militar, há 30 anos Eduardo e Nelci mantinham um relacionamento extraconjugal.

Ainda não se sabe qual a motivação do crime, mas consta no registro policial, que logo depois de atirar contra a mulher, o acusado ligou para avisar os filhos sobre o crime.

Responsável por atender as cidades de Primavera do Leste (231 Km ao sul de Cuiabá) e Poxoréu, o delegado Bruno Carvalho ainda não começou o interrogatório, mas disse ao Gazeta Digital que o suspeito irá se apresentar na delegacia junto ao advogado.

“Não temos detalhes sobre o caso, devo começar os interrogatórios na próxima segunda-feira. O acusado está foragido, mas o advogado já ligou informando que se apresentará na delegacia”, explicou o delegado.

O assassinato de Nelci é mais um caso de feminicídio, qualificadora do crime de homicídio, considerado hediondo, ou seja, a pena é sentenciada e/ou atenuada de forma mais severa. Segundo o delegado, mesmo com idade avançada, Eduardo não está livre de ser preso. Explica que o suspeito só não cumprirá a prisão, caso seja determinado pela Justiça isso se ele tiver algum problema de saúde grave. A investigação segue sob responsabilidade da Polícia Civil.

Feminicídio em MT

A Lei nº 13.104/15 do Código Penal, instituiu o feminicidio como um crime qualificado, cuja pena pode ir de 12 a 30 anos de prisão. Ele é caracterizado quando há violência, por alguém do sexo masculino contra uma vítima pelo simples fato de ser mulher. Em Mato Grosso, de acordo com a própria Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), não existem dados atualizados sobre casos classificados como feminicídio.

Texto: Gazeta Digital