Inter dá vexame em SC e é goleado por 5 a 0 pela Chapecoense

Para quem sonhava perseguir o líder do Brasileirão até dias atrás, o vexame, o fiasco e a goleada sofrida por 5 a 0 para a Chapecoense, na Arena Condá, surgiu como um pesadelo para os colorados. 

Com uma péssima atuação, o Inter levou 2 a 0 ainda no primeiro tempo. Agora, o time de Abel Braga soma duas derrotas em sequência, já caiu para a terceira colocação no campeonato e, nesse domingo, contra o Fluminense, no Beira-Rio, começará a lutar pela permanência no G-4. 

Com Alan Patrick de volta ao time titular e com Nilmar no banco de reservas, o Inter precisou conter o ímpeto da Chapecoense. Paulão e Juan salvaram pelo menos três boas investidas dos catarinenses nos primeiros minutos. 

Aos 15, um lance curioso. O goleiro Danilo teve o dedo anular deslocado, após defender chute de D’Alessandro e o médico da Chapecoense precisou puxar o dedo, a fim de colocá-lo no lugar outra vez. Danilo seguiu na partida. 

O Inter sentiu as ausências de Wellington, Willians e, principalmente, a de Aránguiz no meio-campo. O setor só conseguia avançar quando Alex ou D’Alessandro recuavam para armar o jogo. E, mesmo assim, isto ocorria em raras ocasiões.

A partir dos 30, a Chapecoense voltou a pressionar. Empurrados pela torcida, e precisando vencer para seguir sonhando com a permanência na elite, os donos da casa quase marcaram aos 34 minutos. Leandro, livre, cabeceou na entrada da pequena área e Dida fez uma defesa espetacular.

Um minuto depois, porém, Dione entrou correndo, entre Bertotto e Fabrício, e cabeceou a gol, sem chances para Dida. Curiosamente, atrás da goleira estava toda a direção do Inter, que assistia ao jogo de uma cabine envidraçada. 

O gol da Chapecoense não fez com que o Inter reagisse. Fez o Inter jogar ainda menos. E, aos 40 minutos, levou o segundo gol. A bola quicou na entrada da área, enganou Paulão, e permitiu que Leandro tomasse a frente e desviasse de Dida. Assim a Chapecoense, candidata ao descenso no Brasileirão, foi para o intervalo vencendo o Inter por 2 a 0. 

O Inter voltou para o segundo tempo com Valdívia no lugar de D’Alessandro e com Ernando no de Juan. O zagueiro saiu no intervalo devido a uma lesão no pé direito. Nem mesmo as alterações mudaram o panorama da partida. 

Apesar da maior posse de bola colorada, a Chapecoense seguia mais perigosa no ataque. Aos seis minutos, Dida evitou o gol de Camilo com um golpe de vista. Em seguida, Alex descontou, mas o gol foi anulado por impedimento.

Melhor em campo, a Chapecoense também encontrava generosos espaços para atacar. Aos 15, após mais um cruzamento da esquerda, Leandro apenas escorou para o gol, transformando derrota em goleada, em fiasco. E Abel Braga mandou Nilmar a campo. 

Sem jogar há cinco meses, o atacante ainda cometeu uma falta na entrada da área. Camilo cobrou falta no travessão, tirou Dida do gol e Diones, a passos, completou para fazer o quarto gol dos catarinenses, que jamais haviam vencido o Inter na história.

Mas o que era péssimo, se tornou histórico. Aos 40, Ernando falhou e Dida precisou cometer pênalti em Diones para não levar o gol. O goleiro foi expulso, e Rafael Moura foi para o gol, pois Abel Braga já havia feito as três alterações.

O surrealismo colorado atingia o ápice. Camilo cobrou, Moura sequer se mexeu, e a torcida da Chapecoense terminou a partida cantando assim: “Um, dois, três, quatro, cinco”. O Inter de Abel Braga deu um vexame inesquecível em Santa Catarina.

 

Texto: Zero Hora