Jovem que matou a irmã relata detalhes: usou faca de açougueiro e foi festejar com drogas e bebidas

O delegado Pablo Borges Rigo concedeu entrevista coletiva de imprensa, na manhã de hoje (11), para explicar os desdobramentos da investigação sobre o crime que chocou Sorriso neste fim de semana. Trata-se do assassinato da jovem vigilante Elen Gomes, de 24 anos, praticado pelo próprio irmão dela, Leonardo Gomes, de 19.

“É importante esclarecer que não basta ter um suspeito e indícios fortes. É preciso comprovar para a lavratura do auto de prisão em flagrante e sequência das investigações”, explicou o delegado.

Por isso, durante todo o domingo (10), a equipe de investigação da Polícia Judiciária Civil (PJC) seguiu à procura de testemunhas e de tentar “derrubar” os álibis apresentados pelo acusado do crime, Leonardo Gomes.

Desentendimento 

“Em um primeiro momento ele não confessou e inventou diversas histórias a respeito do dinheiro que gastou à noite inteira em um clube da cidade para comemorar o seu aniversário, onde pagou bebida aos amigos e usou drogas. Mas, depois ele confessou a autoria do crime”.

Antes de ir à casa – onde Leonardo morava com a irmã, no bairro Rota do Sol – o acusado estava com os amigos na avenida Blumenau, de onde ligou para a vítima para pedir dinheiro.

Após ir à casa, o acusado teria se desentendido com a irmã já que queria um empréstimo ‘forçado’. “Ele [Leonardo] é um trabalhador da cidade que mexe com a parte de açougue em um restaurante e tem habilidades com facas. Isso ficou muito claro no interrogatório. Ele, então, aproveitou que a irmã estava deitada, entrou no quarto e a imobilizou. Depois, Usou uma faca de açougueiro para degolá-la”.

O filho de Elen continuou dormindo. Ainda segundo o delegado, o corpo da vítima foi encontrado pelo namorado dela, que chegou em casa durante a madrugada, por volta das 2h, e encontrou todas as luzes apagadas. Ele até pensou que a namorada estivesse dormindo.

“Ele [namorado] tomou seu banho. Apenas quando deitou na cama foi quando percebeu que Elen estava fria e, imediatamente, acionou à polícia. Já o Leonardo, possivelmente tentando trazer uma motivação para implementar essa ação ilícita, disse que quando era criança teria sido abusado sexualmente pela irmã. Mas, essa história não transparece verdade”, contou o delegado.

O acusado ainda não relevou sobre como conseguiu o dinheiro para gastar na noite do seu aniversário.

Por isso, a PJC segue trabalhando com a hipótese de homicídio, mas não descarta um latrocínio – quando há roubo seguido de morte.

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Texto: Luana Rodrigues/Portal Sorriso MT