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Juiz adia depoimentos de Silval e mais 10 réus na Sodoma 5
O juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, adiou as audiências que estavam marcadas para os próximos dias 11, 12 e 13, em que seriam interrogados o ex-governador Silval Barbosa e mais 10 réus na ação penal referente à operação Sodoma 5, que apura fraudes em licitação, desvio de dinheiro público e pagamento de propinas, realizados em contrato de compra de combustível pela Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu), atual Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra).
Nesses dias, seriam ouvidos, além de Silval, seus ex-secretários de Estado César Roberto Zílio, Pedro Elias Domingos de Mello e Francisco Faiad (Administração), José de Jesus Nunes Cordeiro (adjunto de Administração), Sílvio Cézar Corrêa Araújo (chefe de gabinete) e Valdísio Juliano Viriato (adjunto de Transporte e Pavimentação Urbana), além dos servidores da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística Alaor Alvelos Zeferino de Paula e Diego Pereira Marconi e dos empresários Juliano Cézar Volpato e Edésio Corrêa, ligados ao Auto Posto Marmeleiro.
O adiamento se deu por conta da suspensão da audiência que deveria ter ocorrido no último dia 4, quando estavam programadas as oitivas de Elio Corrêa e José Roberto Pacheco, testemunhas de acusação, arroladas pelo Ministério Público Estadual (MPE). Eles não foram intimados e a promotora de Justiça Januária Dorilêo insistiu que eles fossem ouvidos no processo.
Naquele mesmo dia, também estavam previstos os depoimentos das testemunhas arroladas pela defesa de Francisco Faiad – Francisco de Assis Amâncio Figueiredo Dorileo, Silvia Mara Gonçalves, Lúdio Frank Mendes Cabral, Arlan Lino Edeus, Mauro Cesar Pereira e Flaviano Kleber Taeus Figueiredo. As oitivas não ocorreram porque os advogados dos réus não concordaram em inverter a ordem de interrogatórios.
Com isso, a nova data prevista para que as testemunhas de acusação e de defesa prestem explicações à Justiça é 6 de fevereiro, às 13h30. Somente depois de todos eles serem ouvidos é que o juiz determinará as datas para interpelar os réus.
O caso
A operação Sodoma 5 foi deflagrada em 14 de fevereiro de 2017, pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz). Apura-se a existência de um esquema de fraudes em licitação, desvio de dinheiro público e pagamento de propinas, realizados pelos representantes da empresa Marmeleiro Auto Posto LTDA e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática LTDA, em benefício da organização criminosa comandada pelo ex-governador Silval Barbosa.
Conforme a denúncia do Ministério Público, o grupo teria cobrado propina de empresários, entre os anos de 2011 e 2014, para fraudar licitações e manter contratos de fornecimento de combustível, para a frota do governo do Estado, e com uma empresa de informática.
O esquema de corrupção teria causado desvio de R$ 8,1 milhões das secretarias de Administração (extinta SAD e atual Secretaria de Gestão) e da Sinfra.
Texto: Celly Silva/Gazeta Digital (GD)