Juiz condena líder do Comando Vermelho que atuava em MT

O juiz Jorge Luiz Tadeu, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, condenou Adriano Carlos da Silva, conhecido como “Fusca”, apontado como um dos líderes do Comando Vermelho em Mato Grosso, a 8 anos e 10 meses de prisão por promoção e financiamemto de organização criminosa e associação para o tráfico de entorpecentes.

“Fusca” está preso desde novembro do ano passado, quando foi deflagrada a Operação Domínio, da Polícia Civil.

A condenação, por sua vez, tem como base um inquérito policial da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) de setembro de 2017, quando foi realizada uma busca e apreensão na casa do traficante e, na ocasião, ele foi preso em flagrante por porte ilegal de arma.

Após a ação, a GCCO começou a investigar Adriano e descobriu, através de interceptações telefônicas e depoimentos de testemunhas, que ele atuava há mais de 20 anos na facção criminosa, tendo liderança consolidada na região dos bairros Jardim Glória l e Figueirinha, em Várzea Grande, onde era conhecido como”a voz do bairro”.

Entre as funções desenvolvidas por ele no Comando Vermelho estavam o preparo e a distribuição de entorpecentes nas “bocas de fumo”, visando promover, por intermédio de seus traficantes, o comércio ilícito para a organização criminosa.

Além disso, conforme a GCCO, ele estabelecia a interlocução entre a facção criminosa e seus subordinados no sentido de pregar a ideologia do Comando Vermelho; autorizava a prática de crimes na região; cadastrava novos integrantes e ainda, promoviam, no local, assistencialismo social em prol da facção, tais como a entrega de cestas básicas à população carente do bairro.

Em sua decisão, o magistrado citou o depoimento do delegado Luiz Henrique Damasceno, da (GCCO), que informou que, no dia da busca e apreensão realizada na residência do traficante, ele percebeu que os fatos poderiam vir à tona e tentou danificar o seu celular, jogando-o ao chão, de forma a impedir que fossem colhidos os dados constantes no aparelho. Saiba mais.

Texto: Thaiza Assunção/Mídia News