Juíza manda soltar empresário suspeito de pagar propina

A juíza Selma Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, revogou a prisão do empresário Willians Paulo Mischur, dono da empresa Consignum.

Mischur foi preso preventivamente na última sexta-feira (11), na Operação Sodoma 2. Ele é investigado por supostamente pagar propina em troca de se tornar prestador de serviços do Governo do Estado no período em que Cézar Zílio comandou a Secretaria Estadual de Administração.

Vários cheques da Consignum foram utilizados para pagar um terreno de R$ 13 milhões em Cuiabá que, mais tarde, seria transferido para a família do próprio ex-secretário Cézar Zílio.

 

Ele foi solto depois de prestar um depoimento em que teria colaborado com as investigações. O delegado Lindomar Tofolli, no entanto, diz que as revelações do empresário ainda precisam ser comprovadas.

 

“Dentro do possível, ele está colaborando, sim. Mas aquilo que ele falou, ele vai ter que comprovar”, afirmou o delegado, sem entrar em detalhes sobre o que o empresário revelou. 

 

De acordo com o advogado de Willians Mischur, Darlã Vargas, a juíza Selma Arruda, que havia determinado a prisão de seu cliente, agora entendeu que não havia mais motivos para mantê-lo preso.

 

“Sua empresa já foi alvo de busca e apreensão, ele tem residência fixa e já prestou depoimento; então, não havia mais por que mantê-lo preso”, afirmou.

 

Segundo o advogado, no depoimento que deu à Justiça Willians Mischur afirmou que não participou de nenhum crime. E que os cheques foram utilizados para pagar “diversas situações” e eram “ao portador”, ou seja, depois que foram emitidos, o empresário não sabia que destinação seria dada a eles. 

Texto: Mídia News