Juíza nega pedido de médicos para afrouxar medidas cautelares

A juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, negou o pedido dos médicos Huark Douglas Correia (ex-secretário de Saúde Cuiabá), Luciano Correia Ribeiro e Fábio Liberali Weissheimer para afrouxar parte das medidas cautelares.

Os médicos são apontados como líderes do esquema investigado na Operação Sangria. Eles estavam presos desde o dia 30 de março e tiveram prisão preventiva revogada no dia 3 de maio, mediante cautelares. Dentre as restrições estão o uso de tornozeleira, não frequentar unidades de saúde pública e a determinação de estarem em casa das 19h às 6h.

No pedido, os médicos Luciano e Huark pedem para que possam frequentar a rede pública de saúde. Eles são funcionários do Pronto-Socorro de Cuiabá (Huark) e da UPA do Bairro Morada do Ouro (Luciano).

A defesa ainda solicita para que os horários estabelecidos nas cautelares sejam flexibilizados porque os médicos trabalham mediante plantões. Com isso, eles poderiam atuar em escalas de horários e até em períodos noturnos.

Esse pedido, além de atender a Huark e Luciano, atenderia também a Luciano, que atua em hospitais particulares na Capital.

A magistrada, no entanto, entende que o pedido dos médicos só poderia ser atendido caso revogasse as medidas cautelares, o que “se demonstra incabível”.

“[…] A despeito dos argumentos trazidos pela defesa, as medidas cautelares fixadas devem ser fielmente cumpridas, devendo a elas se adaptarem os acusados, porquanto os compromissos profissionais não podem servir para relativizá-las ao ponto de torná-las inócuas”, determinou a magistrada. Saiba mais.

Texto: Cíntia Borges/Mídia News