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Justiça mantém prisão de advogado suspeito por fraudes tributárias
Justiça manteve em audiência de custódia a prisão decretada contra o advogado Anilton Gomes Rodrigues. A decisão, estabelecida nesta quarta-feira (9), mesma data da Operação Fake Paper, foi estabelecida pelo juiz Jorge Tadeu, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá.
Anilton Gomes Rodrigues é apontado como um dos líderes de uma organização criminosa criada para o cometimento de crimes tributários. Além da prisão, ele também foi alvo de busca e apreensão.
Em entrevista enquanto estava na delegacia, o advogado negou todas as acusações. “É uma operação fantasiosa, um showzinho”, afirmou Anilton. A Polícia Civil deflagrou a Operação Fake Paper para cumprimento de nove mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão por crimes contra a administração pública.
A ação policial apura uma organização criminosa que através de falsificação de documento público, falsificação de selo ou sinal público e uso de documento falso promoveu a abertura de empresas de fachada, visando disponibilizar notas fiscais frias para utilização de produtores rurais e empresas nos crimes de sonegação fiscal. Além disso, o esquema possibilitou a prática de crimes não tributários, como a fraude a licitação, ou mesmo ”esquentar” mercadorias furtadas ou roubadas.
A Secretaria de Fazenda de Mato Grosso constatou que, juntas, as empresas Rio Rancho Produtos do Agronegócio Ltda. e Mato Grosso Comércio e Serviços e a B. da S. Guimarães Eireli emitiram R$ 337 milhões em notas frias.
Texto: Arthur Santos da Silva/Olhar Direto