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Líder: Governo não tem caixa e não pode olhar só uma categoria
O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), disse que o Executivo não tem caixa para atender aos pedidos dos profissionais da Educação, que entram em greve a partir de segunda-feira (27).
A categoria decidiu, em assembleia geral, iniciar uma greve por conta das ações do Governo em relação à Revisão Geral Anual (RGA), ao escalonamento salarial e ao descumprimento da lei que prevê a dobra do poder de compra nos salários dos professores.
“É um direito deles. Mas se fizer uma reflexão do que é o salário pago aos servidores da Educação no País, veremos como é a situação dentro de Mato Grosso [terceiro maior salário do País]. O Governo está conversando, está entendendo tudo isso. O nosso problema é financeiro. Não temos dinheiro em caixa para que seja efetivado”, afirmou ao MidiaNews.
Dilmar disse que, caso o Executivo atendesse aos apelos da Educação, se veria obrigado a conceder os mesmos benefícios aos servidores de outras categorias.
“O Estado não pode ver somente uma categoria. O Estado é um todo, tem que ver a todos os profissionais que são servidores públicos. Não pode ser somente a Secretaria de Educação. O Governo tem que ver a Saúde e todas as áreas do Estado. O problema é que não temos caixa”, disse.
O deputado pediu uma reflexão dos funcionários de Estado e disse que o dinheiro da arrecadação não está sendo suficiente para pagar as despesas.
Segundo ele, o governador Mauro Mendes (DEM) tem trabalhado para manter em dia suas contas e ainda pagar as dívidas das gestões passadas.
“Na Seduc, temos R$ 268 milhões de restos a pagar, notas empenhadas e não pagas pelo governo passado. Na Saúde são R$ 455 milhões. Então, toda economia feita pela gestão do Mauro Mendes é para que com a sobra do dinheiro se quite esses débitos. Da mesma maneira, o dinheiro para o pagamento do 13º que o governo passado não honrou com os servidores”, afirmou.
“Qual Governo não gostaria de pagar em dia os salários, de pagar o 13º em dia e o reajuste, que é de direito do trabalhador O problema é que estamos com dificuldade no Executivo. Esse é o grande problema hoje”, completou.
A greve
Além dos pedidos referentes à remuneração e à lei da dobra do poder de compra – aprovada em 2013 na gestão do ex-governador Silval Barbosa, e que dá direito a 7,69% a mais anualmente na remuneração dos professores, além da RGA, durante 10 anos -, os servidores da Educação pede pelo fim do escalonamento salarial, pela realização de um concurso público e para que o Governo faça um calendário para melhorar a infraestrutura das escolas.
Texto: Mídia News