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Manicure é condenada a 25 anos por matar mãe para roubar bebê
A manicure Michele Bispo dos Santos, de 29 anos, acusada de matar a adolescente Bruna Karolina Fernandes Guiaro, de 15 anos, com golpes de marreta para roubar o bebê dela, em Querência, a 912 km de Cuiabá, foi condenada pelo tribunal do júri a 25 anos de prisão.
O júri foi presidido pelo juiz Thalles Nóbrega Miranda Rezende de Brito, da comarca daquele município, e durou aproximadamente 12 horas. A sentença foi proferida na madrugada desta sexta-feira (10).
O crime ocorreu em março de 2015. Michele mentiu para o marido que estava grávida e planejou matar a adolescente para ficar com o bebê dela. Ela foi presa e confessou o crime.
A acusada foi condenada pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, subtração de incapaz, ocultação de cadáver e furto, já que depois de matar a vítima ela vendeu o carrinho da criança.
Ao todo, a manicure deve cumprir 25 anos de prisão em regime fechado e pagamento de multa fixada em dois salários mínimos. Segundo a sentença, a acusada atraiu a vítima com a desculpa de entregar presentes para o bebê.
“As consequências do crime foram graves, pois a vítima era uma adolescente que tinha uma vida inteira pela frente, deixando uma criança recém-nascida desamparada, que será obrigada a não conviver com a mãe durante toda a vida”, diz trecho da decisão.
Michele ficou presa na Cadeia Pública de Água Boa, a 736 km da capital, e depois transferida para a Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, onde permanece até hoje.
O crime
A morte de Bruna ocorreu durante uma emboscada, segundo a polícia. Os golpes de marreta foram dados quando a adolescente estava sentada na cama ouvindo música pelo celular com um fone de ouvido.
À polícia, ela disse ter dado várias marretadas na cabeça da adolescente, porém, segundo a polícia, não seriam necessários muitos golpes para matar a vítima devido o peso da ferramenta usada no crime.
Depois de matar a adolescente, Michele confessou à polícia que colocou o corpo em sacos de lixo e deixou junto com outros detritos. Possivelmente, a intenção era desfazer do corpo, disse à época o delegado Michael Mendes Paes, que conduziu as investigações.
A marreta usada no assassinato e o celular de Bruna foram encontrados em uma cistena nos fundos da casa da acusada dois dias depois do crime, com base em informações repassadas pela própria acusada.
Roubo de bebê
A família da vítima contou que a adolescente tinha conhecido a mulher em um posto de saúde da cidade havia dois dias antes da morte.
A manicure, que fingia estar grávida para o marido e familiares dela, disse que tinha ganhado muitas roupas em um chá de bebê e que queria doar parte delas para a filha da adolescente, segundo o pai de Bruna, Gilberto Alves Guiaro.
A polícia conseguiu prender a manicure porque Bruna tinha dito para os pais que iria na casa de Michele. Junto com a polícia, eles foram até a casa da até então suspeita e depois na casa da vizinha com quem Michele tinha deixado o bebê recém-nascido.
Os avós reconheceram a criança e logo a polícia saiu em busca da mulher, que confessou o crime. Ela alegou que ‘precisava’ da criança porque tinha dito para o marido e para os familiares que estava grávida, mas não era verdade.
Texto: G1-MT