Mato Grosso investiga seis casos de sarampo

A primeira etapa da campanha nacional de vacinação contra o sarampo terminou. Nesta fase foram vacinadas crianças de 06 meses a menores de cinco anos que ainda não tinham recebido nenhuma dose desta vacina ou que estavam com o calendário vacinal incompleto. Atualmente, há seis casos de sarampo em investigação, em Mato Grosso. Entretanto, até o momento, não existem casos confirmados da doença, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT).

De acordo com a Ses-MT, as notificações estão distribuídas pelos municípios de Barra do Garças, Ribeirão Cascalheira, Cáceres, Campinápolis, Alto Taquari e Várzea Grande. Sobre o balanço da vacinação, Ses-MT informou que a campanha nacional de vacinação é focada na atualização do cartão vacinal, logo, as doses são lançadas como sendo de rotina, não havendo uma meta de imunização. Mas, a expectativa é de que, em breve, o órgão estadual consiga apontar um aumento na cobertura vacinal.

O objetivo da mobilização nacional é recuperar o certificado de “país livre do sarampo”, ostentado pelo Brasil em 2016. A responsável Técnica (RT) de Imunização da Secretaria de Saúde (SMS), Sandra Horn, explicou que o público alvo foi definido com base no calendário nacional de vacinação e ainda tendo as idades pontuadas pelos boletins epidemiológicos como mais susceptíveis a desenvolverem a forma grave da doença, que pode levar à morte.

“No dia 19 de outubro, que foi o ‘Dia D de vacinação contra sarampo’ tivemos um grande movimento de mães e pais indo levar as crianças para vacinar. Porém, a maioria não precisou ser vacinada, pois estava com o cartão de vacinação em dia. Este é um ótimo indicativo, pois significa que os pais estão bastante conscientes acerca da importância da atualização vacinal. Isso também demonstra que o trabalho dos nossos agentes comunitários de saúde está surtindo efeito, pois foi realizada uma busca ativa de crianças casa a casa para serem vacinadas”, comentou Sandra. A RT explica que mesmo com o fim da primeira etapa da campanha, as mães devem continuar seguindo o calendário vacinal à risca.

A campanha foi dividida em duas etapas para priorizar a vacinação de dois grupos específicos. Na primeira fase, crianças de 6 meses a 5 anos de idade. De acordo com o boletim do sarampo divulgado pela Ministério da Saúde, esse é o grupo mais vulnerável. Bebês de até 1 ano de idade apresentam índice de incidência de sarampo 12 vezes maior que as demais faixas etárias.

A segunda fase, com data de início prevista para 18 de novembro, imunizará adultos de 20 anos a 29 anos de idade que não estão com a carteira de vacinação em dia. De acordo com o ministério, a vulnerabilidade acontece porque adultos nessa faixa etária nasceram após a erradicação da doença no país, o que retirou a obrigatoriedade da segunda dose da vacina.

Causado por vírus, o sarampo é uma doença infecciosa grave, que pode levar à morte. A transmissão ocorre por via aérea, ou seja, quando a pessoa infectada tosse, fala ou respira próximo de outras pessoas. Mesmo quando o paciente não morre, há possibilidade de a infecção ocasionar sequelas irreversíveis. Quando a doença ocorre na infância, o doente pode desenvolver pneumonia, encefalite aguda e otite média aguda, que pode gerar perda auditiva permanente.

Os sintomas do sarampo são febre acompanhada de tosse, irritação nos olhos, coriza (nariz escorrendo ou entupido) e mal-estar intenso. Quando o quadro completa de três a cinco dias, podem aparecer manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas.
 

Texto: Diário de Cuiabá