Mato Grosso suspende aplicação de Astrazeneca em gestantes

Mato Grosso anunciou que vai atender à recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e suspender aplicação de Astrazeneca em gestantes. A orientação foi feita nesta terça-feira (11) após identificação de vários efeitos colaterais.

“O uso off label de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente. A bula atual da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca não recomenda o uso da vacina sem orientação médica”, informou a Anvisa.

Em entrevista à rádio Vila Real, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, informou sobre a decisão da suspensão, a fim de preservar a saúde de gestante e bebê.

Dessa forma, gestantes podem ser imunizadas apenas com Pfizer e CoronaVac no país. No entanto, a CoronaVac está em falta, por causa dos insumos necessários para a produção, e a Pfizer tem como complicador a armazenagem, que precisa ser feita a -20º C e exige equipamentos que nem todos os municípios possuem.

Cuiabá já manifestou que suspendeu a aplicação e que a Pfizer será aplicada nas gestantes com comerbidades. “A coordenação revela que até o momento não teve registro de problemas causados pelas vacinas em gestantes ou puérperas”, informou nota da Prefeitura de Cuiabá.

Logo cedo, a Prefeitura de Rondonópolis (215 km ao Sul de Cuiabá) também anunciou a suspensão e espera novas orientações do Ministério da Saúde. Situação semelhante ocorre em Tangará da Serra (239 km a médio-norte). 

Além de Mato Grosso, outros 14 estados já interromperam a aplicação da vacina em gestantes.