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Mauro Savi diz que abordagem foi armação política: “é o desespero do outro lado”
Em entrevista coletiva realizada hoje (13), o deputado estadual Mauro Savi (PSB) falou sobre a abordagem feita, ontem, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Sorriso.
O parlamentar alega “armação política”, pois, para ele, não havia motivos para condução à Polícia Federal, já que transportava no carro o extrato da origem lícita do dinheiro e a nota fiscal do material de campanha.
Após trabalho político realizado em algumas cidades do Estado, Savi disse que em Cuiabá optou por ajudar a trazer para Sorriso o material de campanha do prefeito e candidato Dilceu Rossato.
“Esse material já estava vindo para cá com outra pessoa, mas como tinha muito peso eu ajudei a trazer 14 caixas [de santinhos]. Mas ao chegarmos, às 14h, no posto [da PRF] de Sorriso, para nossa surpresa nós fomos abordados e descarregaram as caixas mesmo com a apresentação dos documentos. Tiraram nossos pertences pessoais e acharam minha pasta com dinheiro e deram apreensão”, relatou.
O parlamentar disse que foram apresentados o extrato bancário da sua conta corrente para mostrar a origem lícita do dinheiro encontrado no carro, no valor de R$ 24,1 mil, além da nota fiscal dos materiais de campanha. “Isso tudo foi uma armação feita, uma covardia. O desespero é tanto que armar uma coisa dessa é até um absurdo”, ressaltou.
Questionado se a abordagem pode refletir negativamente na campanha do candidato apoiado por ele, o deputado acredita que o efeito será contrário. “Isso diz claramente o desespero do outro lado. Essas armações não geram nada. Recebi hoje muitas mensagens, inclusive do Governador do Estado de Mato Grosso e de todos os deputados. Nossa campanha é do bem e e eu vou responder as pessoas dessa maneira, trabalhando. Vamos mostrar propostas e ganha aquele que tiver mais condições de administrar o município”.
Perguntado sobre o montante em dinheiro, Mauro Savi disse que os R$ 24,1 mil não seriam utilizados em campanha eleitoral, mas, sim, em custeio de despesas pessoais com locomoção e outros gastos.
“O extrato da minha conta corrente mostra que o depósito foi feito pela própria Assembleia. Como eu não tenho cheque, faço saques todos os meses para usar o dinheiro com os meus gastos”.
Para o parlamentar, a sua condução à PF de Sinop foi um abuso de autoridade.
“O que me estranha muito é a armação que foi feita. Mas, a polícia disse que só recebe ordens. Qual é crime por eu ter dinheiro no bolso do meu salário? Perguntei [à polícia] se seria denúncia e não me responderam. Nenhum outro carro foi parado. Espero que nosso corpo jurídico entre com ação contra essas pessoas por desrespeito, pois se eu não tivesse a nota fiscal até concordaria com a apreensão, mas eu tinha todos os documentos. Eu pessoalmente com certeza vou tomar uma atitude. Eu tenho certeza do mando da operação”, finalizou.
Polícias
Em entrevista ao Cidade Alerta, o chefe da 6ª Delegacia da PRF em Sorriso, Felipe Dias Mesquita, informou que não participou da abordagem e explicou quais são os procedimentos adotados pela instituição.
Ele ressaltou que a abordagem foi feita durante fiscalização de rotina e que Mauro Savi teve sua imunidade parlamentar preservada.
“A fiscalização de rotina é cumprida com base em um manual de abordagem para manter a segurança. Por estar ausente de Cuiabá, eu repassei o caso ao meu superintendente que, ao perceber irregularidade, fez contato com os superiores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), que solicitaram que o material fosse encaminhado à PF, assim como o deputado para ele prestar esclarecimentos”.
O inspetor Mesquita diz que não conduziu o caso porque está em Cuiabá, desde domingo, onde acompanha sua esposa em um tratamento de saúde e participa de reuniões da PRF.
De acordo com a Polícia Federal, “o deputado apresentou-se, mas disse à autoridade policial que não falaria por ter foro privilegiado. Após os procedimentos formais, o deputado foi liberado”.
A PF informou, ainda, que a ocorrência foi registrada e encaminhada ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE/MT) para conhecimento dos fatos e aguarda manifestação do tribunal.
Entenda o caso
O deputado Mauro Savi (PSB) e outras duas pessoas foram encaminhadas à PF de Sinop após serem flagrados com materiais de campanha e R$ 24,1 mil em dinheiro. A abordagem ocorreu no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Sorriso.
A situação foi levada ao conhecimento do juiz Eleitoral de Sorriso e foi apresentada à Polícia Federal, que analisou o caso e liberou os envolvidos no caso, bem como o dinheiro e materiais apreendidos.
Confira AQUI a reportagem completa no Cidade Alerta, programa da TV Sorriso (Record).
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Texto: Redação Portal Sorriso MT