Ministro Blairo Maggi evita comentar prisão de Neri Geller, ex-secretário do Mapa

O ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), comandado pelo ex-governador de Mato Grosso e senador licenciado, Blairo Maggi (PP), decidiu não se manifestar em relação à prisão do ex-secretário de Política Agrícola Neri Geller (PP), que foi eleito deputado federal no último dia 7 de outubro.

De acordo com a assessoria de imprensa do Mapa, o ministro não irá comentar o fato, pelo fato de que a investigação remetira ao ano de 2014, quando Geller era ministro da Agricultura no governo Dilma Rousseff (PT), e não por fatos e atos enquanto esteve como secretário.

A prisão temporária de Geller ocorreu em Rondonópolis (212 Km ao sul de Cuiabá), pouco antes de participar de uma palestra. A Polícia Federal também realizou busca e apreensão em sua residência e no seu posto de combustível, ambos em Lucas do Rio Verde.

Denominada de Operação Capitu, mais um desdobramento da Operação Lava Jato, a ação visa investigar crimes delatados pelo doleirro Lúcio Bolonha Funaro, operador do MDB.

Geller foi indicado para o ministério em 2014, quando era filiado ao MDB. Em 2017, documentos vieram à tona de um esquema envolvendo propinas da JBS. Entre os que teriam recebido favorecimento estavam Neri Geller e o deputado federal Carlos Bezerra (MDB).

A lista aparece o nome de Geller e que o mesmo teria recebido R$ 250 mil, por meio de Florisvaldo de Oliveira, conhecido como o ‘homem da mala’.

Geller era do MDB e então ministro da Agricultura. Também era muito próximo do ex-deputado Eduardo Cunha e do presidente Michel Temer. O dinheiro foi entregue por Florisvaldo no gabinete do ministro. Saiba mais.

Texto: Pablo Rodrigo/Gazeta Digital (GD)